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Metabólitos de interesse à tecnologia de alimentos produzidos por microalgas do Nordeste do Brasil

RESUMO

Existe uma demanda por pesquisas prospectivas de microalgas isoladas da região Nordeste do Brasil que possam ser potencialmente importantes à indústria de alimentos. Nesta pesquisa foram avaliadas as características da cinética de crescimento sob condições controladas de cultivo (temperatura = 24 ± 1 ºC, iluminação 150 µmol fótons m-2 s-1, fotoperíodo de 12 h), a qualidade nutricional e o perfil lipídico de doze espécies regionais de microalgas visando suprir esta lacuna. Diferenças nas características de crescimento e na composição química foram observadas nas espécies pesquisadas, com maiores teores de carboidratos (> 25 g 100 g-1) registrados em várias cepas de Chlorococcum e na microalga marinha Amphidinium carterae, de proteína (> 35 g 100 g-1) em Scenedesmus acuminatus e Pediastrum tetras e de lipídios (> 25 g 100 g-1) em A. carterae e em algumas cepas de Chlorococcum sp. (cf. hypnosporum). A Chlamydomonas sp. apresentou os maiores teores de carotenoides (64,92 mg g-1), clorofila-a (234,74 mg g-1) e clorofila-b (59,34 mg g-1). O perfil lipídico evidenciou a presença dos ácidos palmítico, oleico (ω-9), linoleico (ω-6) e α-linolênico (ω-3), com mais de 50% de ômegas em sua composição total de ácidos graxos, em Chlorella cf. minutissima, em quatro cepas de Chlorococcum sp. (cf. hypnosporum), P. tetras, Planktothrix isothrix e S. acuminatus. No que concerne aos nutrientes químicos foi observado que as microalgas citadas são fontes potenciais de produção de ômegas, carotenoides e clorofilas para serem utilizados na indústria de alimentos.

Palavras-chave:
Ácidos graxos poli-insaturados; Carotenoides; Ômegas; Cultivo de microalga

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