RESUMO
Solos de regiões semiáridas têm sido degradados em função do sobrepastejo, reduzindo a capacidade produtiva e, em certas situações, levando ao processo de desertificação. Uma alternativa usada na recuperação de áreas degradadas é a prática do pousio, que atua pelo próprio poder de resiliência do solo, aumentando assim o aporte de matéria orgânica e melhorando os atributos físicos do solo. Com isso, objetivou-se com esse trabalho comprovar a hipótese de que o tempo de pousio de 14 anos melhora os atributos físicos e químicos do solo em áreas degradadas em processo de desertificação. O estudo foi realizado no município de Irauçuba, no Estado do Ceará. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x2, sendo o primeiro fator constituído por quatro áreas e o segundo por dois tipos de manejo (sobrepastejo e pousio), com quatro repetições e uma área com vegetação nativa (referência) com características de vegetação secundária. O pousio resultou em melhorias em atributos físicos e químicos do solo quando avaliado após 14 anos da retirada dos animais, mas quando comparado ao trabalho realizado na mesma área com 7 anos de pousio, verificou-se que houve poucas alterações. O teor de carbono orgânico foi maior nas áreas em pousio do que nas áreas em sobrepastejo e a fração com maior proporção foi o carbono orgânico associado aos minerais.
Palavras-chaves:
Carbono orgânico do solo; Degradação do solo; Semiárido; Sobrepastejo
