RESUMO
As plantas daninhas são um dos fatores ecológicos que afetam diretamente no custo da produção agrícola. Assim, compreender os aspectos de emergência e desenvolvimento dessas espécies é essencial na tomada de decisão para estratégias de seu manejo. Objetivouse avaliar, em condições de campo, o efeito de diferentes profundidades de semeadura e de diversas intensidades luminosas na emergência e no desenvolvimento das plantas daninhas Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze e Ipomoea grandifolia (Dammer) O’Donell. Cada espécie constituiu um experimento e o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 6 x 4, seis profundidades de semeadura (0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 e 12,0 cm) associadas a quatro intensidades luminosas (100%, 70%, 50% e 30% da luz solar) obtidas por meio de sombrites. Avaliou-se diariamente a emergência das plântulas para obtenção da emergência e do índice de velocidade de emergência. A altura/comprimento das plantas, o tempo até a indução floral e a matéria seca das plantas no florescimento também foram avaliadas. As plantas de A. australe e I. grandifolia emergem sob intensidades luminosas de 100, 70, 50 e 30% de radiação solar e, em semeaduras de até 12,0 cm de profundidade. No entanto, a espécie A. australe é a única afetada pela intensidade luminosa, profundidade de semeadura e pela interação destes dois fatores em todas as avaliações realizadas. A redução das intensidades luminosas acarreta menor desenvolvimento de plantas de I. grandifolia.
Palavras-chave:
Acanthospermum australe
;
Ipomoea grandifolia
; Sombreamento; Luminosidade; Radiação solar