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Interferência da variação vertical de fósforo no solo e do estresse hídrico no crescimento de milho, soja e girassol

RESUMO

A forma de distribuição do fósforo (P) no solo interfere na disponibilidade do nutriente e pode afetar o crescimento das plantas. O objetivo do trabalho foi comparar o crescimento e a acumulação de P nas plantas de milho, soja e girassol em gradientes verticais do nutriente no solo com e sem estresse hídrico. O delineamento foi o inteiramente casualizado com cinco repetições, no esquema fatorial 3 x 2: três gradientes de P em profundidade no solo (decrescente, crescente e nulo) e duas condições de disponibilidade de água no solo (sem e com estresse hídrico). Os gradientes de P em profundidade foram doses decrescentes de P2O5 (300; 200; 100 e 0 mg dm-3); doses crescentes (0; 100; 200 e 300 mg dm-3) e doses iguais (150 mg dm-3), aplicadas nas camadas intermediárias entre 0,0-5,0; 5,1-10,0; 10,1-15,0 e 15,1-20,0 cm. Foi quantificada a altura, a massa seca e o acúmulo de P na parte aérea e nas raízes das plantas. Os dados foram submetidos à análise da variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p < 0,05). A forma de distribuição do P no solo não interferiu no crescimento e no acúmulo do nutriente na soja. A localização da adubação fosfatada na camada superficial ou em subsuperfície favoreceu maior crescimento e P acumulado no milho e girassol em comparação com a distribuição uniforme do nutriente na camada de 0-20 cm. O aumento da adubação fosfatada em profundidade não aumentou o crescimento e o acúmulo de P nas três culturas, mesmo em condições de estresse hídrico.

Palavras-chave:
Água no solo; Raízes; Massa seca; Acúmulo de nutrientes

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