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Associação entre o escore de Alvarado, achados cirúrgicos e aspecto histopatológico da apendicite aguda.

RESUMO

Objetivo:

comparar o resultado do escore de Alvarado com os achados cirúrgicos e com os resultados do exame histopatológico do apêndice de pacientes operados por apendicite aguda.

Métodos:

estudo observacional com delineamento transversal de 101 pacientes com 14 anos de idade ou mais, submetidos à apendicectomia de urgência. A avaliação continha o escore de Alvarado, pontuação no escore, sexo, idade, etnia dos pacientes e tempo de evolução. Foi obtido o aspecto cirúrgico do apêndice, dados a respeito das complicações pós-operatórias e o resultado do exame histopatológico. O intervalo de confiança pré-estabelecido foi de 95%. Foram calculadas sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo do escore, e realizada uma análise através da curva ROC.

Resultados:

a associação entre o escore de Alvarado e a confirmação diagnóstica utilizando como ponto de corte uma pontuação maior ou igual a seis encontrou-se significância estatística (P=0,002), com sensibilidade de 72% e especificidade de 87,5%. A pontuação maior ou igual a seis mostrou maior tendência a apresentar fases mais avançadas da apendicite aguda tanto no aspecto cirúrgico quanto histopatológico, quando comparado a uma pontuação menor que seis. O sexo masculino apresentou maiores chances de complicações quando comparado ao sexo feminino (P=0,003).

Conclusão:

o escore de Alvarado se mostrou um bom método para triagem diagnóstica na apendicite aguda, já que pontuações maiores ou iguais a seis estão associadas a uma probabilidade maior de confirmação diagnóstica e de quadros mais avançados da doença aguda.

Descritores:
Apendicite; Apendicectomia; Diagnóstico; Emergências

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