RESUMO
Introdução:
o tratamento do câncer de adrenal benigno (hormonalmente ativo ou não funcional) e maligno inclui a adrenalectomia. A experiência dos cirurgiões e a cirurgia realizada por cirurgiões de alto volume foram associadas a menos complicações e menor custo. O objetivo do estudo foi descrever e comparar o número de cirurgias, a taxa de mortalidade e o tempo de internação para adrenalectomias realizadas entre 2008 e 2019 na rede pública de saúde de São Paulo.
Métodos:
trata-se de um estudo ecológico. Os dados foram coletados da Plataforma TabNet do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os hospitais foram divididos em três subgrupos de acordo com o volume cirúrgico e hospitais com e sem programa de residência médica em Urologia. Os resultados foram comparados entre os grupos.
Resultados:
no período estudado, 943 adrenalectomias foram realizadas em São Paulo. As taxas de mortalidade durante a internação de acordo com o volume cirúrgico hospitalar foram: não foram relatados óbitos em hospitais de baixo volume; 0,015% em hospitais de volume intermediário e 0,004% em alto volume. O tempo médio de permanência na UTI foi de 1,03 dias nos hospitais de baixo volume; 2,8 nos de médio volume e 1,12 nos de alto volume (análise entre centros de médio e alto volume com significância estatística, p=0,016).
Conclusão:
as taxas de mortalidade foram muito baixas em todos os grupos. A permanência na UTI foi menor em centros de alto volume do que em centros de volume intermediário.
Palavras-chave:
Adrenalectomia; Resultado do Tratamento; Assistência Médica; Doenças das Glândulas Suprarrenais