RESUMO
Introdução:
implantes revestidos de cimento com antibiótico vêm demonstrando bons resultados no tratamento da pseudoartrose infectada da diáfise, no entanto seu uso na metáfise dos ossos longos ainda é pouco explorado. Neste estudo relatamos uma série de casos de pseudoartrose infectada da metáfise do fêmur e da tíbia tratados com o uso de placas revestidas de cimento com antibiótico.
Métodos:
Os antibióticos usados foram gentamicina e/ou vancomicina. Os desfechos analisados na última visita ambulatorial foram controle de infecção, consolidação óssea, retorno às atividades diárias e qualidade de vida. Regressão linear bivariada foi usada para avaliar fatores individuais que afetaram a qualidade de vida dos pacientes. Um valor p<5% foi considerado estatisticamente significativo.
Resultados:
quinze pacientes adultos foram incluídos no estudo. S. aureus suscetível à meticilina foi isolado em 53,3% dos casos. O tempo médio de acompanhamento pós-operatório foi de 18 meses. Controle local da infecção e consolidação óssea radiográfica foram alcançados em 93,3% dos pacientes. Nenhum paciente apresentou sintomas recorrentes de infecção de sítio cirúrgico. Quatorze pacientes relataram ser capazes, mas não no nível pré-lesional ou no mesmo nível de antes da lesão, com 73,3% relatando nenhum problema em todas as cinco dimensões do EQ-5D-3L. Infecção persistente foi a única variável associada à redução da qualidade de vida a longo prazo.
Conclusão:
A placa revestida de cimento com antibiótico mostrou-se uma técnica cirúrgica viável e eficiente para o tratamento da pseudoartrose infectada da metáfise do fêmur e da tíbia.
Palavras-chave:
Pseudoartrose; Osteomielite; Infecção dos Ferimentos; Polimetil Metacrilato