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A Comunicação Suplementar e/ou alternativa na sessão de fisioterapia

OBJETIVO: analisar o que fisioterapeutas referem no discurso sobre o uso da Comunicação Suplementar e/ou Alternativa (CSA) durante a sessão de fisioterapia com sujeitos com Encefalopatia Crônica Não Evolutiva (ECNE). MÉTODO: foram efetuadas entrevistas individuais com cinco profissionais, por meio de questionamentos pertinentes à temática em forma de perguntas abertas. A análise dos dados ocorreu com o agrupamento de ideias e a seleção das ideias mais relevantes sobre o tema. RESULTADOS: os cinco fisioterapeutas entrevistados referem que conhecem e ressaltam a importância da utilização da CAA em suas sessões, mas não tiveram formação teórica sobre o tema. O contato e a utilização de tal abordagem ocorreram por meio da troca interdisciplinar com o profissional de Fonoaudiologia da instituição na qual trabalham. Tal fato, somado às demandas específicas da sessão de fisioterapia, limita a incorporação de tal abordagem na prática diária por quatro profissionais entrevistadas. Apenas um incorporou o recurso em sua rotina diária. CONCLUSÃO: todos os profissionais pesquisados afirmaram ter ganhos no uso da CSA, especificamente na melhora do vínculo e da interação com o paciente com ECNE, mas também afirmaram ter dificuldades com aspectos instrumentais que limitam o uso da CSA, como tamanho da prancha de CSA, seu modo de construção individualizado para cada paciente e a dinâmica da sessão de fisioterapia. Atribuem à dificuldade de aceitação familiar a limitação social de uso da CSA. A presença do Fonoaudiólogo na equipe de atendimento ao sujeito com ECNE foi aspecto fundamental para que tais profissionais fizessem uso da CSA.

Comunicação; Paralisia Cerebral; Linguagem; Humanização da Assistência


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