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Análise do ruído e intervenção fonoaudiológica em ambiente escolar: rede privada e pública de ensino regular

Resumos

Objetivo

: mensurar os níveis de ruído, durante o ano letivo, em duas salas de aula do 1º ano do Ensino Fundamental, sendo uma da rede privada de ensino e outra da rede pública, frequentadas por alunos deficientes auditivos usuários de implante coclear; analisar se os níveis de ruídos encontrados estão de acordo com a Norma Brasileira, NBR 10.152 da ABNT (1990), e discutir com a equipe escolar estratégias que minimizem o impacto do ruído, na aprendizagem dos alunos deficientes auditivos.

Métodos

: foram realizadas oito mensurações do nível de ruído, empregando um dosímetro, modelo 1444, em cada sala de aula, sendo uma sala da rede privada e outra da rede pública de ensino. Concomitantemente às mensurações de ruído, foram feitas reuniões com os professores e gestores.

Resultados

: verificou-se que os níveis de ruído presente na rede pública variaram entre 74,3 e 79 dB (A) e que, na rede privada, os níveis de ruído variaram entre 76,1 e 80,9 dB (A). Também foram realizadas 8 reuniões em cada escola.

Conclusão

: diante dos dados, notaram-se elevados índices de ruído em ambiente escolar, não ocorrendo diferenças estatísticas entre as redes pública e privada de ensino regular. Com relação às reuniões mensais, foi possível observar que os educadores adotaram estratégias que auxiliam a comunicação no ambiente escolar. É evidente a necessidade da aquisição de recurso tecnológico de acessibilidade para alunos deficientes auditivos que utilizam a comunicação oral, o sistema de frequência modulada.

Educação; Ruído; Implante Coclear; Perda Auditiva; Audiologia


Purpose

: the aim of this study is to measure noise levels during the school year in two classrooms in a grade of elementary school, a private schools one and a public school another, in both case frequented by deaf students cochlear implant users, to analyze whether noise levels are consistent with the standard Brazilian NBR 10152 of ABNT (1990) and school staff to discuss strategies to minimize the impact of noise on learning of deaf students.

Methods

: we performed eight measurements of noise level, using a dosimeter, model 1444, in each classroom, in a private and public schools. At the same time the measurements were conducted with monthly meetings with teachers from both schools.

Results

: we found that levels of noise present in the public ranged from 74.3 to 79 dB (A) and in the private noise levels ranged between 76.1 and 80.9 dB (A). In each of these schools were made 8 meetings.

Conclusion

: after observations we found high levels of noise in the school environment, and there were no statistical differences between both networks. Referring to monthly meetings it was clear that educators have adopted strategies to help communication within the school environment. It´s clearly the need to acquire technological resource accessibility for deaf students who use oral communication, the system of modulated frequency.

Education; Noise; Cochlear Implant; Hearing Loss; Audiology


INTRODUÇÃO

O aparelho de amplificação sonora individual (AASI) e o implante coclear (IC) são dispositivos tecnológicos que permitem que as crianças deficientes auditivas tenham acesso aos sons da fala e colaboram para que estas desenvolvam a comunicação oral. Para auxiliar o desenvolvimento auditivo e linguístico, torna-se imprescindível a inclusão dessas crianças nas escolas regulares, uma vez que o ambiente escolar possibilita a interação comunicativa e propicia que o aluno experiencie situações pragmáticas de linguagem1. Delgado-Pinheiro EMC, Antonio FL, Libardi AL, Seno MP. Programa de acompanhamento fonoaudiológico de professores de alunos deficientes auditivos que utilizam a comunicação oral. Disturb. Comun. 2009;21(1):67-77..

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996) preconiza que a educação escolar seja oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais, havendo, quando necessário, o apoio especializado para atender às peculiaridades dos alunos que precisam de educação especial2. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil [lei na internet]. [acesso em 06 dez 2010] Disponível em: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=75723
http://www6.senado.gov.br/legislacao/Lis...
.

Para que esse processo de inclusão seja adequado, é importante que as escolas regulares favoreçam a acessibilidade para tais alunos. Dessa forma, para que haja a inclusão do aluno deficiente auditivo que se comunica oralmente, é preciso garantir o acesso à percepção dos sons da fala e ao conteúdo pedagógico.

De acordo com a Norma Brasileira, NBR 10.152 da ABNT (1990), os níveis de ruído nas escolas devem estar entre 40-50 dB (A)3. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10152: 1990 – Níveis de ruído para conforto acústico; Rio de Janeiro, 1990.. Entretanto, a literatura vem demonstrando elevados níveis de ruído nas salas de aula4. Jaroszewski GC, Zeigelboim BS, Lacerda A. Ruído escolar e sua implicação na atividade de ditado. CEFAC. 2007;9(1):122-32.

. Ribeiro MER, Oliveira RLS, Santos TMM, Scharlach RC. A percepção dos professores de uma rede privada de Viçosa sobre o ruído nas salas de aula. Rev. Equil. Corp. e Saúde. 2010;2(1):27-45.

. Celani AC, Bevilacqua MC, Ramos CR. Ruídos em escolas. Pró-Fono R. Atual. Cient. 1994;6(2):1-4.

. Libardi A, Gonçalves CGO, Vieira TPG, Silverio KCA, Rossi D, Penteado RZ. O ruído em sala de aula e percepção dos professores em uma escola de ensino fundamental de Piracicaba. Dist. Comunic. 2006;18(2):167-78.

. Golmohammadi R, Ghorbani F, Mahjub H, Danesmehr Z. Study of school noise in the capital city of Tehran-Iran. Iran J. Environ. Health. Sci. Eng. 2010;7(4):365-70.

. Choi CY, Bradley M. Noise Levels in Hong Kong Primary School: Implications for classroom listening. International Journal of Disability, Development and Education. 2005;52(4):345-60.

10 . Nascimento LS, Lemos SMA. A influência do ruído ambiental no desempenho de escolares nos testes de padrão tonal de frequência e padrão tonal de duração. CEFAC. 2012;14(3):390-402.

11 . Filho NA, Filetti F, Guillaumon HR, Serafini F. Intensidade do ruído produzido em sala de aula e análise de emissões acústicas em escolares. Arq. Int. Otorrinolaringol. 2012;16(1):91-5.

12 . Bronzaft AL, McCarthy DP. The effect of elevated train noise and reading ability. Environment and Behavior. 1975;7(4):517-27.
-1313 . Knecht HA, Nelson PB, Whitelaw GM, Lawrence LF. Background noise levels and reverberation times in inoccupied classroom. Am. J. Audiol. 2002;11(2):65-71..

A dificuldade para perceber os sons da fala em ambientes ruidosos pode ser mais evidenciada em crianças deficientes auditivas. Assim, a atenuação do ruído em ambiente escolar é um fator que merece destaque. Embora o avanço tecnológico dos dispositivos eletrônicos, como implante coclear e aparelho de amplificação sonora individual, venha permitindo uma melhor percepção dos sons, estudo demonstrou que em situações desfavoráveis, como na presença do ruído e de vários falantes ao mesmo tempo, adultos usuários de implante coclear apresentam dificuldades para codificar a fala1414 . Nascimento LT, Bevilacqua MC. Avaliação da percepção da fala com ruído competitivo em adultos com implante coclear. R. Bras. Otorrinolaringol. 2005;71(4):432-8..

A qualidade acústica em ambientes escolares é igualmente outro aspecto que merece bastante atenção. No entanto, estudos apontam que a acústica em edificações escolares, apesar de ser extremamente importante para proporcionar condições favoráveis de ensino, não é considerada por parte dos projetistas8. Golmohammadi R, Ghorbani F, Mahjub H, Danesmehr Z. Study of school noise in the capital city of Tehran-Iran. Iran J. Environ. Health. Sci. Eng. 2010;7(4):365-70.,1515 . Losso MA, Figueiredo T, Viveiros EB. Avaliação físico-construtiva de escolas estaduais catarinenses visando o conforto acústico. ENCAC – COTEDI, 7; 2003; Curitiba: Unicamp; 2003.

Dessa forma, o ruído acima do recomendado será um elemento que dificultará a acessibilidade do aluno deficiente auditivo, usuário de implante coclear, no contexto escolar. A presente pesquisa justifica-se pela necessidade de um trabalho conjunto entre fonoaudiólogo e equipe escolar, propiciando condições acusticamente favoráveis para o processo de aprendizagem, principalmente para a inclusão de alunos deficientes auditivos que se comunicam oralmente.

Os objetivos do presente estudo foram: mensurar os níveis de ruído, durante o ano letivo, em duas salas de aula do 1º ano do Ensino Fundamental, sendo uma da rede privada e outra da rede pública, frequentadas por alunos deficientes auditivos usuários de implante coclear; analisar se os níveis de ruído encontrados estão de acordo com a Norma Brasileira, NBR 10.152 da ABNT (1990); e discutir com a equipe escolar estratégias que minimizem o impacto do ruído, na aprendizagem dos alunos deficientes auditivos.

MÉTODOS

Este estudo foi realizado após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista – FFC/UNESP/Marília – SP (Parecer nº 019/2009).

A investigação do nível de ruído no ambiente escolar foi realizada por meio de estudo transversal. A pesquisa foi efetivada em duas salas de aula de ensino regular, sendo uma privada e outra pública, frequentadas por alunos deficientes auditivos usuários de implante coclear, matriculados no 1º ano do Ensino Fundamental.

Para a mensuração do nível de ruído na sala de aula de cada aluno deficiente auditivo, utilizou-se um dosímetro tipo digital portátil, modelo 4445 (Brüel/Kjaer). O equipamento foi devidamente calibrado, antes do uso, por um calibrador modelo 4231 (Brüel/Kjaer).

O equipamento foi posicionado na carteira do aluno deficiente auditivo a 60 cm do piso e distância de 2,5 m das paredes e/ou das janelas. A mensuração foi feita durante o intervalo de tempo em que o aluno deficiente auditivo permaneceu na sala de aula. Foram realizadas 16 mensurações, no decorrer do ano letivo, sendo 8 em cada sala de aula dos participantes. O intervalo entre as mensurações foi de um mês, exceto no período de recesso escolar.

Durante as mensurações de ruído, a pesquisadora se posicionou em lugares fixos da sala de aula e registrou, de maneira descritiva, as atividades executadas no ambiente escolar, como a participação do aluno deficiente auditivo, sua interação com a professora e as estratégias adotadas por esse aluno, durante situações ruidosas.

Também foram transcritas pela pesquisadora as condições físicas da sala de aula, como mobiliário, materiais de revestimento de parede e piso, tamanho da sala, número de janelas, o número de alunos presentes e o posicionamento do aluno deficiente auditivo.

Ao longo do ano letivo, foram promovidas 16 reuniões com os professores e gestores, sendo 8 em cada escola, em que foram discutidos com cada educador os registros coletados durante a mensuração. Tais reuniões visaram à discussão sobre o nível de ruído presentes na escola, bem como sua interferência na comunicação e no processo de aprendizagem dos alunos deficientes auditivos.

Para a coleta de dados, considerou-se em cada sala de aula o nível de ruído equivalente (Leq). O ruído equivalente é o nível contínuo, resultante da integração de uma sucessão de eventos, durante um determinado intervalo de tempo. Foi usada a curva de ponderação “A”, por apresentar resposta mais próxima do ouvido humano e leitura lenta (slow), em decorrência das situações de grande flutuação, para facilitar a leitura.

Os dados foram arquivados do dosímetro 4445 para os programas Noise Explorer tm 7815 e Protector tm 7825 da plataforma Windows®, a fim de se obter as respostas numéricas, para uma análise quantitativa. A determinação dos níveis de ruído, nas salas de aulas, seguiu as Normas Nacionais NBR 10.151 (2000)1616 . Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10151: 2000 – Acústica: avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade: procedimento. Rio de Janeiro; 2000. e NBR 10.152 (1990)3. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10152: 1990 – Níveis de ruído para conforto acústico; Rio de Janeiro, 1990., da ABNT, as quais definem procedimentos de medição e tabelas, indicando níveis de conforto acústico, e fixam as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, estabelecendo os níveis máximos de ruído para os diversos ambientes.

Para a análise estatística dos dados coletados, foi empregado o teste não-paramétrico Wald-Wolfowitz, com o uso do software Statistica (versão 7.0), sendo adotadas, como variáveis dependentes, as médias dos níveis de Leq relativas à mensuração minuto/minuto e, como variáveis independentes, os tipos de escola: pública ou privada. Estabeleceu-se um nível de significância p<0,05 e um intervalo de confiança de 95%.

RESULTADOS

Os resultados serão apresentados conforme os dados encontrados nas mensurações de ruído e nas reuniões entre pesquisadora e professores.

Resultados das Mensurações

Verificou-se que, na sala de aula da escola pública, havia 24 alunos matriculados e, na escola privada, 17 alunos matriculados. Os resultados das mensurações concretizadas em ambas as escolas serão demonstrados na Tabela 1.

Tabela 1
- Limiar equivalente (Leq) em dB (A) encontrado nas mensurações de ruído em escolas da rede pública e privada de ensino regular

Com relação às condições físicas das salas de aula, foi possível observar que, na rede pública, o mobiliário presente na sala de aula não permite a absorção do ruído, ou seja, possuía chão revestido com azulejo, as cadeiras e/ou carteiras não possuem feltro para diminuir o atrito com chão, assim como se localizava próximo ao local onde é realizado o intervalo. Na rede privada, notou-se que as cadeiras e carteiras possuíam borrachas nos pés para minimizar o atrito e o chão revestido de borracha, entretanto, a sala de aula igualmente ficava próxima ao local onde é realizado o intervalo.

Resultados das Reuniões

As reuniões foram feitas mensalmente com os professores da rede pública e privada, totalizando oito encontros individuais com cada educador.

Os principais assuntos discutidos, nas reuniões fonoaudiológicas, relacionados à percepção dos sons da fala e ruído, assim como o posicionamento dos professores diante dos temas abordados, serão demonstrados na Figura 1.

Figura 1
– Resultados dos principais assuntos discutidos relacionados à percepção dos sons da fala e ruído e do posicionamento dos professores, diante dos temas abordados

Destaca-se, quanto aos resultados, que as reuniões tinham a finalidade de minimizar o efeito do ruído na comunicação com o aluno deficiente auditivo em sala de aula, considerando que esses alunos usam implante coclear e não possuem Sistema de Frequência Modulada. Todavia, durante as reuniões, foram ainda abordadas questões referentes ao desenvolvimento de linguagem e aprendizagem dos referidos alunos. Dessa maneira, discutiu-se com os professores como auxiliar tais alunos deficientes auditivos, no contexto escolar, uma vez que tais alunos possuem dificuldades para acompanhar o conteúdo escolar e estão em fase de alfabetização. Realizou-se um planejamento de atividades com a proposta de adaptações curriculares, tendo-se em vista o desenvolvimento linguístico e auditivo de cada aluno, como, por exemplo, a elaboração de atividades mais concretas e individualizadas, de sorte a auxiliá-los no processo de alfabetização.

DISCUSSÕES

As discussões serão apresentadas conforme os resultados encontrados nas mensurações de ruído e nas reuniões entre pesquisador e educador.

Discussões das Mensurações

Os dados demonstram diferenças entre os valores encontrados em ambas as escolas, durante cada mensuração. Entretanto, a referida diferença encontrada não ultrapassou o valor de 4,8 dB (A) na mesma escola. Esse achado pode ser justificado pelas variáveis presentes na rotina escolar, como tipo de atividade realizada e número de alunos presentes em sala de aula.

Os resultados da análise estatística utilizando o teste não-paramétrico Wald-Wolfowitz, estabelecendo-se um nível de significância p<0,05 e um intervalo de confiança de 95%, evidenciaram não haver diferença estatisticamente significante entre as mensurações realizadas nas escolas da rede pública e privada (p>0,05).

Destaca-se que os valores apresentados, em ambas as escolas, ultrapassam os valores preconizados para que ocorra a percepção dos sons da fala no ambiente escolar. Tais achados corroboram a literatura, que aponta elevados índices de ruídos em ambiente escolar4. Jaroszewski GC, Zeigelboim BS, Lacerda A. Ruído escolar e sua implicação na atividade de ditado. CEFAC. 2007;9(1):122-32.

. Ribeiro MER, Oliveira RLS, Santos TMM, Scharlach RC. A percepção dos professores de uma rede privada de Viçosa sobre o ruído nas salas de aula. Rev. Equil. Corp. e Saúde. 2010;2(1):27-45.

. Celani AC, Bevilacqua MC, Ramos CR. Ruídos em escolas. Pró-Fono R. Atual. Cient. 1994;6(2):1-4.

. Libardi A, Gonçalves CGO, Vieira TPG, Silverio KCA, Rossi D, Penteado RZ. O ruído em sala de aula e percepção dos professores em uma escola de ensino fundamental de Piracicaba. Dist. Comunic. 2006;18(2):167-78.

. Golmohammadi R, Ghorbani F, Mahjub H, Danesmehr Z. Study of school noise in the capital city of Tehran-Iran. Iran J. Environ. Health. Sci. Eng. 2010;7(4):365-70.

. Choi CY, Bradley M. Noise Levels in Hong Kong Primary School: Implications for classroom listening. International Journal of Disability, Development and Education. 2005;52(4):345-60.

10 . Nascimento LS, Lemos SMA. A influência do ruído ambiental no desempenho de escolares nos testes de padrão tonal de frequência e padrão tonal de duração. CEFAC. 2012;14(3):390-402.

11 . Filho NA, Filetti F, Guillaumon HR, Serafini F. Intensidade do ruído produzido em sala de aula e análise de emissões acústicas em escolares. Arq. Int. Otorrinolaringol. 2012;16(1):91-5.

12 . Bronzaft AL, McCarthy DP. The effect of elevated train noise and reading ability. Environment and Behavior. 1975;7(4):517-27.
-1313 . Knecht HA, Nelson PB, Whitelaw GM, Lawrence LF. Background noise levels and reverberation times in inoccupied classroom. Am. J. Audiol. 2002;11(2):65-71..

Os valores indicam a necessidade de estratégias que minimizem o impacto do ruído em ambiente escolar, visando a auxiliar o processo de aprendizagem, para alunos com audição normal e, principalmente, alunos deficientes auditivos usuários de implante coclear ou aparelho de amplificação sonora individual.

Pesquisa feita com crianças com padrões normais de audição constatou que, quanto mais nova for a criança, menor será a sua capacidade de entender a fala na presença de ruído1717 . Jamielson DG, Kranjc G, Yu K, Hodgetts WE. Speech intelligibility of young school-aged children in the presence of real-life classroom noise. J. Am. Acad. Audiol. 2004;15(7):508-17. Portanto, a preocupação referente à minimização do ruído em ambiente escolar se eleva, ao se considerar a faixa etária e a dificuldade que crianças usuárias de implante coclear ou aparelho de amplificação sonora individual possuem em perceber os sons da fala, em locais com ruído de fundo.

Em face dos achados, é extremamente importante que medidas imediatas e futuras sejam tomadas para garantir que a inclusão de crianças deficientes auditivas esteja adequada.

No que concerne às medidas imediatas, sugere-se que os gestores e professores tenham consciência das consequências negativas que o ruído propicia, em ambiente escolar. É ainda oportuno que esses profissionais tenham conhecimento de estratégias que minimizem o ruído presente na sala de aula, por isso, a necessidade de intervenções e mensurações de ruído, nas escolas.

De acordo com as condições físicas observadas nas escolas, é possível a adoção de medidas de baixo custo que podem colaborar na atenuação do ruído. Dentre as propostas a serem feitas, estão: revestimento dos pés das carteiras e cadeiras com feltro, ou uso de materiais que absorvam o ruído, como cortinas, carpetes ou piso de borracha e revestimento de paredes1818 . Bevilacqua MC, Formigoni GMP. Audiologia Educacional: uma opção terapêutica para a criança deficiente auditiva. Carapicuíba: Pró Fono, 1997..

Também se recomenda que, para os próximos anos, as salas de aulas nas quais estão inseridos os alunos deficientes auditivos sejam mais distantes do local onde acontece o intervalo, objetivando diminuir a interferência do ruído. Além disso, é aconselhável diminuir o número de alunos matriculados, uma vez que a inclusão do aluno deficiente exige mais atenção do professor.

O dispositivo eletrônico que garante acessibilidade aos sons da fala mais eficiente é o Sistema de Frequência Modulada, o qual tem a finalidade de melhorar a percepção da fala em locais ruidosos, como a sala de aula1919 . Jacob RTS, Queiroz-Zatonni M. Sistema de Frequência Modulada. In.: Bevilacqua MC, Martinez MAN, Balen AS, Pupo AC, Reis ACMB, Frota S. Tratado de Audiologia. São Paulo: Santos, 2011. p. 745-57

20 . Gabbard SA. The use of FM technology for infants and young children. In D. Fabry D,. DeConde J. Achieving clear communication employing sound solutions. Great Britain: Cambrian Printers, 2004. p.93-9.
-2121 . Jacob RTS, Molina SV, Amorim RB, Bevilaqua MC, Lautis JBP, Moret ALM. FM listening evaluation for children: adaptação para a lingual portuguesa. R. Brasil.Educ. Esp. 2010;16(3):359-76.. Esse é um importante dispositivo que poderá contribuir significantemente para o processo de desenvolvimento de comunicação e aprendizagem de alunos deficientes auditivos.

Estudo realizado com 9 alunos usuários de aparelho de amplificação sonora individual, com o intuito de avaliar as vantagens da utilização do Sistema de Frequência Modulada em ambiente escolar, demonstrou que o desempenho desses estudantes, na percepção dos sons da fala, foi significantemente pior na presença de ruído de fundo2222 . Novaes BCAC, Balieiro CR, Pupo AC, Ficker LB, Spenger AMA. Sistema de amplificação com transmissão por frequência modulada na deficiência auditiva: influência do ruído ambiental. Rev. Dist. Comunic. [periódico na internet] 1993 Abr [Acesso em 2011 Set 22];5(2):[aproximadamente 13 p.]. Disponível em: http://www.entreamigos.com.br/sites/default/files/textos/Sistema%20de%20amplificação%20com%20transmissao%20por%20frequencia%20modulada%20na%20deficiencia%20auditiva%20-%20influencia%20do%20ruido%20ambiental.pdf
http://www.entreamigos.com.br/sites/defa...
. Tal estudo constatou ainda que o desempenho desses alunos melhorou significantemente, quando o Sistema de Frequência Modulada foi acoplado na presença de ruído.

Dentre as medidas futuras que poderão ser adotadas, encontra-se a implementação de salas de aulas com acústica adequada. Porém, como já referido, investigações apontam que a acústica em edificações escolares não é considerada por parte dos projetistas8. Golmohammadi R, Ghorbani F, Mahjub H, Danesmehr Z. Study of school noise in the capital city of Tehran-Iran. Iran J. Environ. Health. Sci. Eng. 2010;7(4):365-70.,1515 . Losso MA, Figueiredo T, Viveiros EB. Avaliação físico-construtiva de escolas estaduais catarinenses visando o conforto acústico. ENCAC – COTEDI, 7; 2003; Curitiba: Unicamp; 2003.

Pesquisa revelou que as fontes internas de uma escola foram as principais causas de poluição sonora, sendo verificado que a perda de transmissão da energia sonora entre as paredes dessa escola não era suficiente para o isolamento contra o ruído8. Golmohammadi R, Ghorbani F, Mahjub H, Danesmehr Z. Study of school noise in the capital city of Tehran-Iran. Iran J. Environ. Health. Sci. Eng. 2010;7(4):365-70.. Tal trabalho enfatizou a importância de futuras propostas escolares, almejando melhorias acústicas, e na educação dos alunos, visando à redução do ruído.

O mercado da construção civil dispõe de materiais isolantes acústicos (vidros antirruído, adequação de divisórias, sistema de ventilação, entre outros) que poderão conferir às salas de aula a adequação acústica prevista pela norma2323 . Fernandes JC. Padronização das condições acústicas para salas de aula. SIMPEP; 2006; Bauru: Unesp, 2006..

Conforme descrito pela literatura, os ruídos presentes na sala de aula poderiam ser minimizados com algumas adequações, como: substituir pisos com materiais altamente reverberantes (lajota, cerâmica) por materiais mais absorventes, como carpete, tapetes e revestimento emborrachado; separar as salas de aula, empregando paredes que absorvam a energia sonora. Mesmo assim, se o ruído não for diminuído, sugere-se o seu revestimento com materiais como cortiça e painel móvel; se as janelas não possuem tratamento antirruído, indica-se a utilização de cortinas e, caso a sala da aula for equipada com ventiladores e/ou condicionadores de ar, aconselha-se que o ruído gerado por esses equipamentos sejam monitorados2424 . Dreossi RCF, Momensohn-Santos TM. A interferência do ruído na aprendizagem. Rev. Pedag. 2004;21(64):38-47..

Discussões das Reuniões

Em relação à discussão sobre a deficiência auditiva, o uso de implante coclear e a possibilidades de percepção dos sons da fala, foi possível observar que ambos os professores demonstraram falta de preparo e dificuldades para trabalhar com alunos deficientes auditivos usuários de dispositivos que garantem acesso aos sons, pois não possuíam conhecimento e experiências anteriores com alunos deficientes auditivos.

Tais achados corroboram estudo implementado com 45 professores de Educação Infantil, o qual constatou que a grande maioria dos participantes apresentou conhecimento vago, escasso e de senso comum sobre a perda auditiva2525 . Silva DRC, Santos LM, Lemos SMA, Carvalho ASS, Perin RM. Conhecimentos e práticas de professores de educação infantil sobre crianças com alterações auditivas. Rev. Soc. Bras. Fonoaud. 2010;15(2):199-205..

Pesquisa realizada demonstrou que professores com e sem experiências, em todos os anos do Ensino Fundamental, não apresentaram conhecimentos diferenciados sobre aspectos ligados à perda auditiva2626 . Delgado-Pinheiro EMC, Omote S. Conhecimentos de professores sobre a perda auditiva e suas atitudes frente à inclusão. CEFAC. 2010;12(4):633-40.. Esse aspecto enfatiza a importância do trabalho sistemático e integrado entre fonoaudiólogo e equipe escolar.

Diante disso, as reuniões efetivadas foram de extrema importância, pois abordaram informações referentes ao implante coclear, bem como aspectos de percepção de sons de fala e ruído, os quais permitiram ao professor conhecer e interagir de maneira apropriada com o aluno deficiente auditivo.

Em relação aos valores encontrados nas mensurações, verificaram-se níveis de ruídos elevados, nas salas de aula. Esse fator, associado à distância entre professor e aluno e ao efeito de reverberação presente na sala de aula, dificulta a percepção dos sons da fala, sobretudo para o aluno deficiente auditivo usuário de implante coclear. Investigação com adolescentes usuários de implante coclear constatou piora significante na percepção de fala, na presença de ruído de fundo2727 . Davidson LS, Geers AE, Blamey PJ, Tobey E, Brenner C. Factors contributing to speech perception scores in long-term pediatric CI users. Ear Hear. 2011;32(1):1-18..

Portanto, torna-se importante, na ausência do sistema de frequência modulada, o posicionamento adequado desse aluno, em sala de aula, visando a eliminar a distância entre aluno e professor e auxiliar a compreensão do conteúdo trabalhado em sala de aula.

Conforme a lei do inverso quadrado, o som se propaga em todas as direções, sendo que a energia sonora medida é inversamente proporcional ao quadrado da distância da fonte sonora, de forma que a pressão sonora diminui 6 dB a cada vez que se dobra a distância2828 . Nepomuceno LA. Elementos de Acústica Física e Psicoacústica. São Paulo: Edgard Blucher, 1994.. Assim, quanto maior a distância entre falante e ouvinte, menor será o reconhecimento do sinal de fala.

Autores afirmam que a distância no ambiente escolar transforma-se num grande problema, pois a falta de compreensão da fala conduz a complicações na aprendizagem dos estudantes com deficiência auditiva1818 . Bevilacqua MC, Formigoni GMP. Audiologia Educacional: uma opção terapêutica para a criança deficiente auditiva. Carapicuíba: Pró Fono, 1997.. Defendem, em acréscimo, que tais alunos não devem se posicionar junto a paredes, portas e janelas, devido ao efeito de reverberação e ruído externo presentes na sala de aula.

Estudo feito com usuários de implante coclear revelou a dificuldades desses usuários em entender a fala em ambiente escolar, sugerindo que tais alunos devem se aproximar do falante (professor) para auxiliar a compreensão da fala2929 . Withmall NA, Poissant SF. Effects of source-to-listener distance and masking on perception of coclear implants processed speech in reverberant rooms. J. Acoust. Soc. Am. 2009;126(5):2556-69..

Nesse sentido, ressalta-se que, após as intervenções, os professores adequaram o posicionamento do aluno deficiente auditivo na sala e se prontificaram a se aproximar desses estudantes, principalmente durante a exposição de conteúdo. Da mesma maneira, os colegas de classe foram conscientizados sobre as dificuldades que tal aluno possui para compreender a fala, em ambientes ruidosos. Essas atitudes são de extrema importância para minimizar as consequências do ruído de fundo, distância e reverberação presentes no ambiente escolar, considerando que os alunos não possuem Sistema de Frequência Modulada.

Durante as reuniões, também foi discutida a relevância da implementação de materiais que absorvam o ruído em sala de aula, na rede pública. Tanto na rede púbica de ensino quanto na rede privada, salientou-se a necessidade da seleção de salas mais distantes dos locais onde são realizados os intervalos. Tais medidas não foram adotadas nas escolas, durante as mensurações de ruído, porém, estas se prontificaram a realizá-las futuramente.

Finalmente, as reuniões possibilitaram o uso de estratégias de comunicação que minimizam o impacto do ruído, no ambiente escolar, assim como enfocaram aspectos ligados à audição, linguagem e aprendizagem do aluno deficiente auditivo. Conforme a literatura, a inclusão dos alunos deficientes portadores de necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na sua permanência junto aos demais alunos, mas implica uma reorganização do sistema educacional, buscando o desenvolvimento cognitivo, cultural e social desses alunos, respeitando suas diferenças e atendendo às suas necessidades3030 . Glat R, Nogueira MLL. Políticas educacionais e a formação de professores para a educação inclusiva no Brasil. R. Integ. 2002;14(24):22-7..

Destaca-se igualmente que as intervenções foram realizadas de forma dinâmica e interativa, priorizando o diálogo entre educador e pesquisador, objetivando aprofundar conhecimentos, difundir informações e implementar medidas que auxiliem e minimizem o impacto do ruído em ambiente educacional.

Tais reuniões basearam-se na assessoria fonoaudiológica, no contexto escolar, com o intuito de desenvolver propostas que favoreçam um ambiente adequado para o processo de aprendizagem3131 . Trench MCB, Baleiro MCB, Assessoria Fonoaudiológica à Escola In: Bevilacqua MC, Martinez MAN, Balen AS, Pupo AC, Reis ACMB, Frota S. Tratado de Audiologia. São Paulo: Santos, 2011 p. 745-57. Essa assessoria busca ampliar a capacidade de análise e intervenção, no contexto escolar. Assim, as reuniões havidas em âmbito escolar tornaram-se uma ferramenta fundamental para o surgimento de um trabalho mais integrado e resolutivo.

CONCLUSÃO

Diante dos achados, torna-se possível concluir que não existem diferenças significantes entre o nível de ruído presente na rede pública e privada de ensino regular. Também foi possível concluir que as redes de ensino possuem elevados níveis de ruídos, prejudicando, assim, o processo de aprendizagem, sobretudo para os alunos deficientes auditivos usuários de implante coclear.

As reuniões realizadas ajudaram os profissionais da educação e da saúde, na elaboração de estratégias de comunicação e nas adequações necessárias do ambiente escolar, frequentado por alunos deficientes auditivos que se comunicam oralmente. Os educadores adotaram estratégias que possibilitaram minimizar o impacto do ruído, no ambiente escolar e auxiliam o processo de aprendizagem. É evidente a necessidade da aquisição de recurso tecnológico de acessibilidade para alunos deficientes auditivos que usam a comunicação oral, o Sistema de Frequência Modulada.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) por ter financiado o projeto de pesquisa, a professora Dra. Larissa Cristina Berti pela análise estatística, aos gestores e educadores participantes da pesquisa.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Mar 2014

Histórico

  • Recebido
    15 Jun 2012
  • Aceito
    26 Nov 2012
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