RESUMO
A podridão parda do pessegueiro, causada pelo fungo Monilinia fructicola, é a principal doença da cultura, causando danos significativos tanto em pré-colheita como pós-colheita. O estudo objetivou avaliar a aplicação pré-colheita de fungicidas, no controle da podridão parda e verificar o papel da infecção latente e contaminação externa na incidência da doença em pós-colheita. Foi conduzido um experimento nos anos de 2014 e 2015 para avaliar o desempenho de seis ingredientes ativos em pré-colheita (captana, iprodiona, iminoctadina, tebuconazol, difenoconazol e azoxistrobina) no controle da podridão parda e o efeito sobre infecções latentes. Um segundo experimento objetivou monitorar a infecção latente durante o crescimento e maturação dos frutos, correlacionando-a com a incidência da doença em pós-colheita. Os dados formam submetidos a análise de variância (Anova) e as médias agrupadas pelo teste de Scott-Knott (p < 0,05) com o software estatístico Sisvar. Os produtos iprodione, tebuconazol e difenoconazol foram os mais eficientes no controle da podridão parda a campo, enquanto o iminoctadine possui maior eficiência em pós-colheita, agindo inclusive sobre as infecções latentes. A incidência de infecções latentes tanto na fase de crescimento quanto maturação tem correlação positiva com a podridão parda em pós-colheita. A maior incidência da doença após o armazenamento foi em decorrência da manifestação de infecções latentes. O eficiente controle químico no campo, durante toda a fase de crescimento e maturação dos frutos é uma importante estratégia para o controle pós-colheita, inclusive após o armazenamento refrigerado e durante a vida de prateleira sob 20 oC.
Palavras-chave:
armazenamento refrigerado; fungicidas; Monilinia fructicola