Produtividade e eficiência nutricional do milho em resposta a doses e parcelamentos da adubação nitrogenada

RESUMO

Apesar de sua relevância, o nitrogênio apresenta reduzido aproveitamento pela planta quando aplicado de forma inadequada. Assim, objetivou-se avaliar a produtividade e a eficiência do uso de nitrogênio (EUN) no milho em resposta a doses e parcelamentos da adubação nitrogenada. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com três repetições. Foram aplicadas doses de 0, 30, 60 e 180 kg ha^-1 de nitrogênio em semeadura visando criar diferentes condições nutricionais das plantas de milho e assim obter diferentes níveis de Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) medidos com sensor óptico “GreenSeeker^®”. As subparcelas com doses de nitrogênio em cobertura de 0, 30, 60 e 90 kg ha^-1 em V8 e uma dose de 60 kg ha^-1 em V12 foram alocadas experimentalmente nas parcelas com doses de 0, 30, 60 e 180 kg ha^-1 de nitrogênio em semeadura. Além disso, foi calculado no experimento a EUN através de índices agronômicos determinados a partir das aplicações de N em cobertura tardia (V8 e V12) e contrastado às possíveis combinações nas doses de 60, 90 e 120 kg ha^-1 de nitrogênio total aplicado. Os resultados mostraram que houve relação linear entre dose de adubo nitrogenado e o NDVI, tanto no estádio V8, como em V12. As adubações em cobertura tardia (V12) não provocaram decréscimo na produtividade de grãos quando combinadas com as doses de nitrogênio na semeadura, inclusive apresentaram uma maior EUN. O parcelamento das doses de nitrogênio demonstrou melhores EUN que as combinações onde o nitrogênio não foi aplicado em semeadura ou cobertura. O atraso das coberturas nitrogenadas pode ser uma alternativa para o planejamento do momento da fertilização com N de acordo com a previsão climática em cada região.

Palavras-chave:
GreenSeeker^®; nitrogênio; sensor optico; Zea mays L.