O objetivo deste trabalho foi verificar a possibilidade de se efetuar seleção de plantas de feijoeiro resistentes à antracnose, utilizando-se folhas primárias destacadas em ambiente parcialmente controlado, em casa de vegetação, e detectar possíveis diferenças na reação de genótipos de feijoeiro à antracnose. Para isso, as linhagens de feijoeiro Ouro Negro, Ouro Vermelho, Manteigão Fosco 11, Rudá, Rudá-R, VP8, BRSMG Madrepérola, Pérola, Meia Noite e BRSMG Talismã foram caracterizadas quanto à reação às raças 65, 81 e 453 de Colletotrichum lindemuthianum, comparando-se essa metodologia com a tradicionalmente utilizada, com inoculação de plantas no estádio fenológico V2. Posteriormente, as linhagens Rudá-R, Rudá e Pérola foram inoculadas com as raças 65 e 453 de C. lindemuthianum, com o objetivo de avaliar o índice de coincidência da severidade da antracnose pelas duas metodologias de inoculação. Em geral, as duas metodologias proporcionaram resultados semelhantes quanto à reação apresentada pelos cultivares. A utilização de folhas primárias destacadas de feijoeiro em ambiente parcialmente controlado mostrou-se viável para a seleção, quanto à resistência à antracnose, com as vantagens da menor infraestrutura necessária e da redução de recursos, espaço e tempo.
Colletotrichum lindemuthianum; metodologias de inoculação; resistência genética
