RESUMO
Introdução:
A pandemia do novo coronavírus atingiu as instituições de memória nos anos de 2020 e 2021, promovendo a suspensão parcial das atividades nas bibliotecas. As escolas e universidades, após a adoção do Ensino Remoto Emergencial, foram privadas do acesso a acervos vitais para suas atividades.
Objetivo:
Este trabalho colabora para o estabelecimento do conceito de Bibliotecas Emergenciais, consonantes com o esforço de enfrentamento da pandemia, no sentido de viabilizar o acesso a um acervo em tempos de exceção.
Metodologia:
Trata-se de uma pesquisa-ação em que após a síntese de conceitos relacionados por revisão na literatura, procuramos evidenciar e generalizar as possibilidades, exigências e dificuldades de ações que poderiam caracterizar a implementação de uma Biblioteca Emergencial, buscando subsídios nos resultados empíricos de projetos promovidos na Universidade Estadual de Londrina, durante a pandemia.
Resultados:
Os experimentos sugerem as seguintes recomendações para a implementação de uma Biblioteca Emergencial: a adoção da materialidade digital e sua reprodutibilidade técnica como padrão de implementação; o uso de licenças abertas e obras em domínio público como prioridade na constituição dos acervos; o cuidado com a dependência às plataformas digitais hegemônicas e a busca por um mecanismo jurídico objetivo, que permita a digitalização, armazenamento e distribuição de conteúdo legado sob direitos autorais restritivos.
Conclusão:
O regime de exceção, que fechou as bibliotecas no período de pandemia, pode também abrir possibilidades de circulação de seus acervos, ensejando e potencializando sua própria razão de ser. As Bibliotecas Emergenciais podem oferecer uma resposta afirmativa alternativa às restrições e à escassez, que caracterizaram o enfrentamento à pandemia.
PALAVRAS-CHAVE:
Bibliotecas emergenciais; Pandemia COVID-19; Lei de direitos autorais; Licenças abertas