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Subjugadas pela família: mulheres no Estado Desenvolvimentista Colombiano entre 1966 e 1990

RESUMO

Este artigo analisa a evolução da política social na colômbia relacionada às políticas de desenvolvimento macroeconômicas e a família desde 1966. partindo do pressuposto de que muitas reformas legais não têm sido capazes de redistribuir recursos entre as linhas de gênero devido à sua incapacidade de trazer para o primeiro plano modelos de desenvolvimento econômico e suas consequências em um quadro mais amplo de políticas macro, o principal objetivo deste artigo é o de tornar explícitas as limitações impostas às mulheres por tal estrutura. Por conseguinte, planos de desenvolvimento e outros documentos pertinentes referentes a políticas públicas são analisados minuciosamente com o intuito de demonstrar que os mesmos limitam as possibilidades de reformas destinadas à redistribuição de recursos para as mulheres, em função de sua compreensão da família como uma unidade que segue a sorte do homem “chefe da família” e como o local essencial da reprodução tradicional, cultural e biológica. Assim, as mulheres, entendidas como as responsáveis pela reprodução humana e não como trabalhadoras ou cidadãs, são subordinadas à reprodução de famílias patriarcais, afetando estruturalmente o acesso das mulheres aos recursos.

política social; políticas de desenvolvimento; reforma legal; feminismo; Colômbia

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