O papel da enfermagem no tratamento não farmacológico da dor de pacientes oncológicos

Oliveira, Nery José de; Oliveira, Sandra Beatriz Silva de; Migowski, Eliana Rustick; Riegel, Fernando

doi:10.5935/1806-0013.20170112

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Sumário

ARTIGOS DE REVISÃO • Rev. dor 18 (3) • Jul-Sep 2017 • https://doi.org/10.5935/1806-0013.20170112 copiar

O papel da enfermagem no tratamento não farmacológico da dor de pacientes oncológicos

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RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A terapia não farmacológica é importante e complementa o tratamento farmacológico no alívio da dor e da ansiedade em muitos pacientes, e também é classificada como terapia complementar e integrativa. O objetivo deste estudo foi descrever o papel da enfermagem no manuseio não farmacológico da dor de pacientes oncológicos.

CONTEÚDO:

Revisão integrativa da literatura. Foram avaliadas publicações científicas indexadas nas bases de dados Medline, Integrated Building Environmental Communications System, LILACS e Base de Dados em Enfermagem, acessadas por meio da Biblioteca Virtual em Saúde, em outubro de 2016. Seguindo os critérios de inclusão, selecionaram-se sete estudos com publicações entre 2006 e 2016. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo. Com base nessa análise, os artigos foram descritos em três categorias: 1) a percepção do enfermeiro; 2) a percepção do paciente; e 3) as ações de enfermagem.

CONCLUSÃO:

Evidenciou-se o fundamental e importante papel da equipe de enfermagem no manuseio não farmacológico da dor do paciente oncológico. Tanto pacientes quanto familiares devem participar de forma ativa do tratamento. Recomenda-se o desenvolvimento de vínculos de confiança e eficaz comunicação, além da implementação de ações educativas envolvendo a tríade paciente-família-equipe.

Descritores:
Cuidados de enfermagem; Manuseio da dor; Neoplasias; Percepção da dor

Autores	Objetivos	Delineamento dos estudos	Locais	Participantes
Stübe et al.⁷7 Stübe M, Cruz CT, Benetti ER, Stumm EM. Percepções de enfermeiros e manejo da dor de pacientes oncológicos. REME - Rev Min Enferm. 2015;19(3):696-710.	Apreender a percepção de enfermeiros que atuam em Oncologia, referente à dor do paciente e conhecer as ações para seu manuseio.	Estudo descritivo, qualitativo.	Unidades de clínica oncológica, quimioterápica e radioterápica de um hospital geral no Rio Grande do Sul.	7 enfermeiros
Rennó eCampos⁸8 Rennó CS, Campos CJ. Comunicação interpessoal: valorização pelo paciente oncológico em uma unidade de alta complexidade em oncologia. REME - Rev Min Enferm. 2014;18(1):106-15.	Analisar a percepção dos pacientes de um ambulatório de oncologia acerca da comunicação interpessoal profissional-paciente.	Estudo de caso qualitativo exploratório.	Unidade de alta complexidade em Oncologia do sul de Minas Gerais.	13 pacientes oncológicos
Macedo, Romanek eAvelar⁹9 Macedo AC, Romanek FA, Avelar MC. Gerenciamento da dor no pós-operatório de pacientes com câncer pela enfermagem. Rev Dor. 2013;14(2):133-6.	Refletir sobre o gerenciamento da dor no pós-operatório imediato de pacientes com câncer pela equipe de enfermagem perioperatória.	Estudo descritivo, qualitativo. Revisão da literatura.	NA	NA
Fernandes et al.¹⁰10 Fernandes MA, Evangelista CB, Platel IC, Agra G, Lopes MS, Rodrigues FA. Percepção dos enfermeiros sobre o significado dos cuidados paliativos em pacientes com câncer terminal. Ciên Saude Colet. 2013;18(9):2589-96.	Conhecer a percepção do enfermeiro diante do paciente com câncer sob cuidados paliativos.	Estudo qualitativo, exploratório.	Hospital que atende pacientes oncológicos em regime de cuidados paliativos no município de João Pessoa, Paraíba.	9 enfermeiros
Waterkemper e Reibnitz¹¹11 Waterkemper R, Reibnitz KS. Cuidados paliativos: a avaliação da dor na percepção de enfermeiras. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(1):84-91.	Revelar as concepções e contribuições de enfermeiras sobre a avaliação da dor em pacientes com câncer em cuidados paliativos, por meio de uma proposta de educação no trabalho fundamentada nos pressupostos da educação problematizadora de Paulo Freire.	Pesquisa qualitativa do tipo convergente-assistencial.	Unidade de Cuidados Paliativos do Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), em Florianópolis, Santa Catarina.	6 enfermeiras
Leal et al.¹²12 Leal TR, Melo MC, Salimena AM, Souza IE. Dor e dignidade: o cotidiano da enfermeira na avaliação da dor oncológica. Nursing (Säo Paulo). 2008;10(117):75-80.	Conhecer e analisar os meios de avaliação e registros realizados pelas enfermeiras no contexto da dor dos pacientes oncológicos.	Pesquisa qualitativa.
Nobre¹³13 Nobre CF. O doente oncológico com dor crónica. Uma abordagem sobre o cuidar na perspectiva de enfermagem. Servir. 2008;56(3-4):133-9.	Identificar como os enfermeiros percebem a dor crônica em pacientes com câncer e analisar os cuidados de enfermagem para esses pacientes.	Qualitativo, descritivo, exploratório.

Ordem da categoria	Nome da categoria	Artigos incluídos
Categoria 1	A percepção do enfermeiro	Stübe et al.⁷7 Stübe M, Cruz CT, Benetti ER, Stumm EM. Percepções de enfermeiros e manejo da dor de pacientes oncológicos. REME - Rev Min Enferm. 2015;19(3):696-710. Fernandes et al.¹⁰10 Fernandes MA, Evangelista CB, Platel IC, Agra G, Lopes MS, Rodrigues FA. Percepção dos enfermeiros sobre o significado dos cuidados paliativos em pacientes com câncer terminal. Ciên Saude Colet. 2013;18(9):2589-96. Waterkemper e Reibnitz¹¹11 Waterkemper R, Reibnitz KS. Cuidados paliativos: a avaliação da dor na percepção de enfermeiras. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(1):84-91. Nobre¹³13 Nobre CF. O doente oncológico com dor crónica. Uma abordagem sobre o cuidar na perspectiva de enfermagem. Servir. 2008;56(3-4):133-9.
Categoria 2	A percepção do paciente	Rennó e Campos⁸8 Rennó CS, Campos CJ. Comunicação interpessoal: valorização pelo paciente oncológico em uma unidade de alta complexidade em oncologia. REME - Rev Min Enferm. 2014;18(1):106-15.
Categoria 3	As ações de enfermagem	Stübe et al.⁷7 Stübe M, Cruz CT, Benetti ER, Stumm EM. Percepções de enfermeiros e manejo da dor de pacientes oncológicos. REME - Rev Min Enferm. 2015;19(3):696-710. Macedo, Romanek e Avelar⁹9 Macedo AC, Romanek FA, Avelar MC. Gerenciamento da dor no pós-operatório de pacientes com câncer pela enfermagem. Rev Dor. 2013;14(2):133-6. Waterkemper e Reibnitz¹¹11 Waterkemper R, Reibnitz KS. Cuidados paliativos: a avaliação da dor na percepção de enfermeiras. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(1):84-91. Leal et al.¹²12 Leal TR, Melo MC, Salimena AM, Souza IE. Dor e dignidade: o cotidiano da enfermeira na avaliação da dor oncológica. Nursing (Säo Paulo). 2008;10(117):75-80.

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