RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A dor é uma das consequências da lesão medular, somada às disfunções miccional e intestinal, alterações na sexualidade e reprodução, às questões sociais e familiares. Conhecer a dor e sua interferência na qualidade de vida pode fazer com que o profissional que assiste o paciente consiga seguir o caminho mais adequado para o controle da dor neuropática. Estudiosos da Associação Internacional para Estudo da Dor, pesquisaram artigos de 1975 até 2007, e observaram que o tema menos estudado é sobre dor em lesão medular. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida de pacientes com dor neuropática decorrente de lesão medular traumática.
MÉTODOS:
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, transversal, exploratória e descritiva.
RESULTADOS:
Setenta por cento dos pacientes com dor neuropática a caracterizam como forte a intensa, com valor superior a cinco na escala analógica visual. Homens, com idade entre 30 e 39 anos, casados, lesão por queda, paraplégicos, com lesão incompleta e tempo de lesão entre um e cinco anos são os que mais sofrem com dor. A qualidade de vida é melhor em pacientes com diagnóstico de lesão medular completa e que tiveram o ferimento por arma de fogo como causa da lesão. Pacientes com incontinência fecal referiram pior qualidade de vida e também afirmam que a dor atrapalha sua vida.
CONCLUSÃO:
Observou-se que pacientes que referiram maior intensidade de dor têm pior relação em qualidade de vida e no fator social, que aborda relações pessoais, vida sexual e apoio que recebem dos amigos.
Descritores:
Dor; Lesão medular; Qualidade de vida; Reabilitação