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Anestesia local odontológica em Unidades de Saúde da Família: uso, dor e fatores associados

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

Apesar da importância do controle da dor em odontologia e do papel fundamental das Unidades de Saúde da Família no sistema de saúde do Brasil, são raros os estudos que integram esses dois assuntos. Portanto, o presente estudo objetivou analisar alguns aspectos relativos à anestesia odontológica em Unidades de Saúde da Família de Caruaru-PE.

MÉTODOS:

Entrevistou-se 372 pacientes adolescentes e adultos atendidos em 12 unidades, na sala de espera ou proximidades, após o atendimento odontológico, com um formulário contendo 14 perguntas. A dor foi investigada utilizando uma escala numérica de 21 pontos (0 a 10, intervalos de 0,5).

RESULTADOS:

A anestesia foi utilizada em 16,1% dos atendimentos. Ocorreu dor na maioria das anestesias (58,3%), com intensidade de 1±1,2, sendo mais frequente quando o procedimento foi na região bucal anterior. Para os procedimentos invasivos não cirúrgicos, a anestesia foi mais usada em adolescentes, procedimentos na região bucal posterior, quando havia dor prévia na região tratada e quando o dentista perguntava ao paciente sua preferência. Também para esses procedimentos, a dor do tratamento como um todo foi mais frequente e de maior intensidade quando anestesia foi usada.

CONCLUSÃO:

Anestesia odontológica é pouco utilizada nessas unidades e a dor durante a mesma é frequente, porém, de baixa intensidade. Em procedimentos invasivos não cirúrgicos seu uso está associado a algumas características do paciente e do atendimento, mas não a um tratamento sem dor ou com dor de menor intensidade.

Descritores:
Anestesia dentária; Anestesia local; Atenção primária à saúde; Dor aguda

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