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Efeito analgésico de antagonistas do receptor da histamina H2 em modelo de dor provocada por formalina em ratos

Analgesic effect of hystamine H2 receptor antagonists in formalin-induced pain model in rats

Resumos

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Antagonistas de receptor de histamina apresentam efeitos sobre a dor. Antagonistas de receptor H1 apresentam efeito analgésico local, o papel de antagonistas de receptor H2 sobre a dor no sistema nervoso periférico ainda não está claro. Esse estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes antagonistas H2 sobre a dor induzida pela administração de formalina na pata de ratos. MÉTODO: Foram estudados ratos machos divididos em grupos que receberam formalina na pata e diferentes antagonistas de receptor H2 - ranitidina, cimetidina e loxtidina, injetados na pata em diferentes concentrações (0,05 μmol, 0,25 μmol ou 1 μmol). Foi avaliado o número de elevações da pata pelo período de 45 minutos. RESULTADOS: A loxtidina inibiu o número de elevações da pata nas duas fases do teste a partir das três concentrações utilizadas, a ranitidina diminuiu o número de elevações da pata a partir da concentração de 0,25 μmol na fase II, a cimetidina não inibiu esse comportamento doloroso. CONCLUSÃO: De acordo com os resultados deste estudo, alguns antagonistas do receptor H2 apresentaram efeito analgésico local fármaco específico e não classe farmacológica específica.

Cimetidina; Dor; Formalina; Loxtidina; Ranitidina; Ratos


BACKGROUND AND OBJECTIVES: Histamine receptor antagonists affect pain perception. H1 receptor antagonists present local analgesic effect, but the role of H2 receptor antagonists on pain in the peripheral nervous system is not clear yet. This study aimed at evaluating the effects of different H2 receptor antagonists on pain induced by formalin paw injection in rats. METHOD: Male rats were studied and divided into groups that received formalin and different H2 receptor antagonists - ranitidine, cimetidine and loxtidine, injected in the paw at different concentrations (0.05 mol, 0.25 mol or 1 mol). The number of flinches was evaluated during 45 minutes. RESULTS: Loxtidine inhibited the number of flinches in both phases of the test with the three different concentrations. Ranitidine decreased the number of flinches in phase II as from 0.25 mol. Cimetidine did not affect pain behavior. CONCLUSION: According to the results of this study, some H2 receptor antagonists presented local analgesic effects, which seem to be drug-related and not pharmacological class-specific.

Cimetidine; Formalin; Loxtidine; Pain; Ranitidine; Rats


ARTIGO ORIGINAL

Efeito analgésico de antagonistas do receptor da histamina H2 em modelo de dor provocada por formalina em ratos* * Recebido do LIM-08, Laboratório Anestesiologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP.

Analgesic effect of hystamine H2 receptor antagonists in formalin-induced pain model in rats

Fernanda DeutschI; Hazem Adel AshmawiII; Cláudia Carneiro de Araújo PalmeiraIII; Irimar de Paula PossoIV

IMédica Colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP, Brasil

IIProfessor Colaborador da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); Médico da Equipe de Controle de Dor da Divisão de Anestesia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. São Paulo, SP, Brasil

IIIMédica Anestesiologista do Hospital Pérola Byington, Centro de Referência da Saúde da Mulher. São Paulo, SP, Brasil

IVProfessor Associado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Responsável pela Equipe de Controle de Dor da Divisão de Anestesia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) São Paulo, SP, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Dr. Hazem Adel Ashmawi LIM-08 Anestesiologia Experimental da FMUSP Av. Dr. Arnaldo, 455, 2º andar 01246-000, São Paulo, SP, Brasil Fone: 11-3061-7293 Email: hazem@hcnet.usp.br

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Antagonistas de receptor de histamina apresentam efeitos sobre a dor. Antagonistas de receptor H1 apresentam efeito analgésico local, o papel de antagonistas de receptor H2 sobre a dor no sistema nervoso periférico ainda não está claro. Esse estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes antagonistas H2 sobre a dor induzida pela administração de formalina na pata de ratos.

MÉTODO: Foram estudados ratos machos divididos em grupos que receberam formalina na pata e diferentes antagonistas de receptor H2 - ranitidina, cimetidina e loxtidina, injetados na pata em diferentes concentrações (0,05 μmol, 0,25 μmol ou 1 μmol). Foi avaliado o número de elevações da pata pelo período de 45 minutos.

RESULTADOS: A loxtidina inibiu o número de elevações da pata nas duas fases do teste a partir das três concentrações utilizadas, a ranitidina diminuiu o número de elevações da pata a partir da concentração de 0,25 μmol na fase II, a cimetidina não inibiu esse comportamento doloroso.

CONCLUSÃO: De acordo com os resultados deste estudo, alguns antagonistas do receptor H2 apresentaram efeito analgésico local fármaco específico e não classe farmacológica específica.

Descritores: Cimetidina, Dor, Formalina, Loxtidina, Ranitidina, Ratos.

SUMMARY

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Histamine receptor antagonists affect pain perception. H1 receptor antagonists present local analgesic effect, but the role of H2 receptor antagonists on pain in the peripheral nervous system is not clear yet. This study aimed at evaluating the effects of different H2 receptor antagonists on pain induced by formalin paw injection in rats.

METHOD: Male rats were studied and divided into groups that received formalin and different H2 receptor antagonists - ranitidine, cimetidine and loxtidine, injected in the paw at different concentrations (0.05 mol, 0.25 mol or 1 mol). The number of flinches was evaluated during 45 minutes.

RESULTS: Loxtidine inhibited the number of flinches in both phases of the test with the three different concentrations. Ranitidine decreased the number of flinches in phase II as from 0.25 mol. Cimetidine did not affect pain behavior.

CONCLUSION: According to the results of this study, some H2 receptor antagonists presented local analgesic effects, which seem to be drug-related and not pharmacological class-specific.

Keywords: Cimetidine, Formalin, Loxtidine, Pain, Ranitidine, Rats.

INTRODUÇÃO

A histamina, presente na maior parte das células, é um mediador de dor conhecido desde o início do século passado. Essa substância ativa nociceptores polimodais e produz dor quando injetada na pele em seres humanos. Na lesão tecidual, a histamina é liberada e ocorrem dor, vasodilatação e edema locais1. A ação da histamina é mediada por pelo menos quatro receptores farmacologicamente distintos acoplados à proteína G. O receptor H1 é expresso no cérebro, células endoteliais e células da musculatura lisa. Suas principais ações são a contração da musculatura lisa e aumento da permeabilidade vascular2. O receptor H2 apresenta importante papel na modulação da secreção gástrica ácida e antagonistas de receptor H2 são amplamente utilizados no tratamento de úlceras gastrintestinais3. Os receptores H3 estão localizados nas terminações nervosas e corpos celulares de neurônios histaminérgicos presentes no núcleo tuberomamilar no hipotálamo4. O receptor H4 age inibindo a condutância ao Ca2+, diminuindo a despolarização neuronal e liberação de histamina. O receptor H4apresenta grande similaridade ao receptor H3, mas é expresso em células da linhagem hematopoiética, em particular eosinófilos, mastócitos e basófilos5. Seu papel biológico é pouco conhecido, sendo postulado papel na inflamação, visto que o receptor H4está limitado às células hematopoiéticas6.

A histamina age de maneira diferente no sistema nervoso central e periférico. No sistema nervoso central (SNC), a histamina apresenta ações tanto pró-nociceptivas quando antinociceptivas. A histamina aumenta o limiar para dor7,8. O receptor H2 parece estar envolvido na antinocicepção9, enquanto o receptor H1está relacionado à ação pró-nociceptiva8,10. Antagonistas de receptor H1 apresentam ação supraespinhal, localizada no núcleo dorsal da rafe ou ao redor da substância cinzenta periaquedutal11 e atuam em receptores pré-sinápticos8. Antagonistas do receptor H2 como a famotidina e lupitidina apresentaram ações antinociceptivas quando usadas por via sistêmica12. Apesar de amplamente expresso no SNC, o receptor H3 não parece estar envolvido na modulação da dor13. A histamina presente na periferia está envolvida na estimulação de fibras nociceptivas e seus antagonistas apresentam efeito antinociceptivo, cujo estudo tem sido negligenciado. A pirilamina e a cimetidina, antagonistas de receptor H1, apresentaram efeito analgésico após a injeção de formalina na pata de rato14,15 . Estudo anterior demonstrou efeito analgésico periférico para diferentes antagonistas de receptor H1, com prováveis efeitos anti-inflamatórios e anestésico local16. Os efeitos analgésicos periféricos de antagonistas de receptor H2 não foram, até o momento, pesquisados com mais profundidade.

Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito analgésico de três antagonistas do receptor H2, ranitidina, loxtidina e cimetidina, injetados na pata, sobre o número de elevações da pata induzido por formalina em pata de ratos.

MÉTODO

Após aprovação pelo Comitê de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa (CAPPesq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (processo 938/01) e realizados de acordo com as diretrizes para investigação de dor experimental em animais acordados da Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP)17.

Foram utilizados 50 animais, ratos machos de linhagem Wistar, pesando entre 280 e 350 g, fornecidos pelo Biotério Central da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os animais foram divididos em grupos de cinco animais: controle (50 μL de formalina a 1% injetados na região dorsal da pata posterior direita), para cada fármaco foram utilizadas três doses diferentes, sempre administradas juntamente com formalina a 1%, em volume final de 50 μL na pata do animal. As doses utilizadas foram: 0,05 μmol (ran-0,05, lox-0,05, cim-0,05), 0,25 μmol (ran-0,25, lox-0,25, cim-0,25) e 1 μmol (ran-1, lox-1, cim-1).

O cloridrato de ranitidina foi obtido de GlaxoSmithKline do Brasil, São Paulo, SP, Brasil, o cloridrato de loxtidina, doado por Solvay Pharmaceuticals, São Paulo, SP, Brasil e cloridrato de cimetidina obtido de Teuto Brasileiro, Anápolis, GO, Brasil.

Os animais tiveram acesso livre a água e alimento e estavam submetidos a ciclo claro/escuro de 12 horas cada. Todos os experimentos foram realizados entre 9 e 15 horas.

A dor foi induzida pela injeção de formalina a 1% (50 μL) na região dorsal da pata posterior direita do animal. Antes da injeção, o animal era colocado em câmara de observação de vidro transparente para aclimatação ao ambiente durante 20 minutos. O rato era, então, removido para a administração do fármaco e devolvido à câmara de observação. Espelhos eram colocados atrás da câmara para facilitar as observações das elevações da pata quando o animal estava com a pata fora do campo visual do observador. O rato era observado logo após a administração da formalina pelo período de 45 minutos. O número de elevações da pata era quantificado a cada cinco minutos. Considerou-se como comportamento de elevação da pata todo movimento não associado à locomoção, variando desde elevação discreta ou contração da musculatura da coxa do animal até movimento mais vigoroso da pata. As elevações eram de fácil observação e quantificação14,15,18-20.

Os dados obtidos foram analisados utilizando-se Análise de Variância (ANOVA) comparando-se os números de elevações da pata dos grupos experimentais com o grupo controle. As comparações foram realizadas nas duas fases do teste. Quando houve diferença significativa, aplicou-se procedimento de comparações múltiplas de Bonferroni. As comparações foram realizadas entre os grupos de mesmas doses utilizadas. A significância utilizada foi de 5% (p < 0,05).

RESULTADOS

A evolução do número de elevações da pata após a administração de formalina nos diferentes grupos está indicada nos gráficos 1, 2 e 3. A formalina produziu resposta bifásica, na fase I (primeiros 10 minutos), na fase intermediária e na fase II (a partir dos 15-20 minutos até o final do teste).




Na fase I, a loxtidina inibiu o comportamento de elevação da pata nas três doses utilizadas, a ranitidina e cimetidina não modificaram o teste nas doses utilizadas. (Gráfico 4). Na fase II, a loxtidina apresentou o mesmo padrão de inibição, diminuindo o número de elevações da pata nas três doses (0,05 μmol, 0,25 μmol e 1 μmol), a ranitidina diminuiu o número de elevações da pata na maior dose (1 μmol) e a cimetidina não alterou o comportamento doloroso na fase II (Gráfico 5).



DISCUSSÃO

Na presente investigação foram avaliados os efeitos analgésicos de três antagonistas do receptor H2 no modelo de dor provocada por formalina em ratos. A formalina induz comportamento doloroso bifásico, a fase I, fásica e rápida, ocorre estimulação direta dos nociceptores e a fase II, fase tônica e prolongada, em que o estímulo doloroso é inflamatório14,22. Foi utilizada uma variante do teste da formalina, o número de elevações da pata. O número de elevações da pata foi utilizado para a quantificação do comportamento doloroso induzido pela formalina por apresentar correlação importante com o teste da formalina clássico e com as alterações cardiovasculares em resposta à dor causada pela formalina na pata. Esse tipo de investigação traz correlação confiável sobre o comportamento doloroso em animais conscientes e não submetidos à restrição física. Entre os vários comportamentos estereotipados provocados pela formalina, a frequência de elevação da pata tem sido amplamente utilizada14,15,18-20,23-25.

A maior parte dos estudos sobre os efeitos analgésicos de antagonistas de receptores da histamina tem focalizado os efeitos centrais produzidos8,12,26-28. Estudando o efeito sistêmico de diferentes antagonistas de receptor H2, a lupitidina e famotidina apresentaram efeito analgésico, enquanto que a ranitidina não apresentou efeito analgésico em modelo de dor somática ou visceral12. Os dados mostraram que, após administração local, a loxtidina teve importante efeito analgésico, enquanto que a ranitidina promoveu analgesia apenas em doses maiores. Estudos mais focalizados em efeitos analgésicos periféricos dos anti-histamínicos foram realizados e encontraram ação analgésica local importante dos antagonistas de receptor H1 e menos importantes para H214-16. Loxtidina e, em menor grau, a ranitidina, apresentaram efeito antinociceptivo. O efeito observado na segunda fase do teste era esperado, visto o mecanismo gerador de a dor ocorrer pela ação inflamatória local da formalina18,22,29.

A histamina é um dos mediadores liberados no local durante a inflamação, apresentando ação pró-nociceptiva. A ação anti-inflamatória de substâncias anti-histamínicas é, portanto, esperada nessa fase. Já o bloqueio da fase I observado após a administração de loxtidina, e, em doses maiores, para a ranitidina, não seriam esperados, por ação direta do receptor H2, visto que se acredita que a fase I seja resultado de ativação direta dos nociceptores pela formalina30,31. Entretanto, alguns autores acreditam que essa fase também seja inflamatória, da mesma maneira que a fase II, o que poderia dar respaldo à ação direta no receptor H214. Todavia, não se acredita que a fase I seja inflamatória, o bloqueio proporcionado pela loxtidina foi bastante precoce, e decorrente de outro mecanismo. Alguns antagonistas de receptor H1 apresentam efeito anestésico local16,32, não sendo, entretanto, efeito classe específico, mas fármaco específico16.

CONCLUSÃO

Os resultados deste estudo permitiram evidenciar os efeitos analgésicos locais para a loxtidina, e em menor grau para a ranitidina, sendo fármaco específico e não classe específica.

Apresentado em 17 de junho de 2011.

Aceito para publicação em 15 de agosto de 2011.

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  • Endereço para correspondência:
    Dr. Hazem Adel Ashmawi
    LIM-08 Anestesiologia Experimental da FMUSP
    Av. Dr. Arnaldo, 455, 2º andar
    01246-000, São Paulo, SP, Brasil
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    Recebido do LIM-08, Laboratório Anestesiologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      11 Out 2011
    • Data do Fascículo
      Set 2011

    Histórico

    • Recebido
      17 Jun 2011
    • Aceito
      15 Ago 2011
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