RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Ferimentos causados por arma de fogo podem ter resultados fatais. Mesmo que a bala não cause grandes lesões para os tecidos moles e duros, outros problemas graves podem ocorrer. O objetivo deste estudo foi relatar o caso de um projétil localizado na fossa infratemporal esquerda, discutir o tratamento cirúrgico, seus riscos e complicações.
RELATO DO CASO:
Paciente do gênero masculino, 18 anos, sofreu um ferimento por arma de fogo que penetrou na face pela região zigomática esquerda, alojando-se na fossa infratemporal homolateral. Esse ocasionou comprometimento da função mandibular e dor. O corpo estranho foi removido cirurgicamente por meio do acesso pré-auricular e o paciente foi posteriormente submetido a sessões de fisioterapia. Após o tratamento, foi reestabelecida a função da articulação temporomandibular, a dor desapareceu e os resultados estéticos foram considerados excelentes, sem sequelas.
CONCLUSÃO:
O manuseio dos pacientes acometidos por projétil torna-se mais complexo quando esse está localizado em uma área de difícil acesso e ao lado de estruturas nobres. Técnicas radiográficas, obtidas por meio de diferentes planos, permitem uma localização precisa do objeto. Grande deformidade e incapacidade funcional podem ocorrer, especialmente, se o nervo facial é afetado durante o trauma balístico ou durante o ato cirúrgico. Apesar de não haver lesões nervosas, o comprometimento funcional das estruturas orofaciais foi decisivo para indicar o procedimento cirúrgico. A remoção cirúrgica do projétil da fossa infratemporal combinado com a fisioterapia, pós-operatória, mostraram ser um tratamento eficaz.
Descritores:
Articulação temporomandibular; Fossa infratemporal; Projetil; Reabilitação