Ser na Psicologia: diálogos sobre a profissão

Simão, Lívia Mathias; Coelho Júnior, Nélson Ernesto; Ferreira, Arthur Arruda Leal

doi:10.1590/S0104-80232007000200016

EXPERIÊNCIA EM DEBATE

^IProfessora Doutora do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia - Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - CEP 05508-900 - Cidade Universitária - São Paulo. E-mail: limsimao@usp.br

^IIProfessor Doutor do Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia - Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - CEP 05508-900 - Cidade Universitária - São Paulo. E-mail: patnelco@uol.com.br

^IIIProfessor Adjunto do Instituto de Psicologia (IP) e do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Avenida Pasteur 250 - Pavilhão Nílton Campos - Praia Vermelha. CEP: 22290240 - Rio de Janeiro. E-mail: arleal@superig com.br

No dia 02 de setembro de 2002, no primeiro dia do Congresso Psicologia: Ciência e Profissão, foi apresentado o Simpósio Ser na Psicologia: diálogos sobre a profissão. Contando com as presenças de Arthur Arruda Leal Ferreira (UFRJ), Lívia Mathias Simão (USP) e Nélson Coelho Júnior (USP) neste simpósio buscou-se trazer à reflexão e discussão aspectos do processo de formação em Psicologia que foram considerados a ele inerentes e peculiares e, portanto, merecedoras de atenção por parte dos profissionais, dos formadores de profissionais e dos que pretendem se formar na profissão. Para tanto, optou-se por instaurar, entre os participantes da mesa, um diálogo sobre a profissão, em que cada um apresentou, a partir de sua experiência profissional como docente em Psicologia, e a partir do referencial teórico que orienta seus trabalhos em docência e pesquisa, proposições e questões sobre "ser na Psicologia", nos vários sentidos que essa expressão possa ter: o ser profissional em Psicologia, o ser aluno(a) em formação profissional na Psicologia, os seres que a Psicologia, enquanto campo de construção de conhecimento sobre a diversidade, pode focalizar. De todas estas acepções simultâneas de "ser na Psicologia" desdobraram-se implicações de caráter epistemológico e ético que instruem, tanto explícita como tacitamente, as práticas psicológicas. Tal reprodução dos trabalhos, devidamente revisados a partir dos textos que serviram de base para o simpósio, se fez possível, não apenas como um retorno a oportunidade de apresentação concedida, mas também porque se julga tal questão, a formação e a identidade do psicólogo, uma das mais cruciais em nosso campo. Esperamos que esta reprodução do simpósio possa trazer, mais do que respostas, boas questões aos leitores.