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A influência do brinquedo na humanização da assistência de enfermagem à criança hospitalizada

Resumos

O estudo do tipo experimental, objetivou verificar a influência das orientações na humanização da assistência à criança hospitalizada, utilizando bonecos e materiais próprios para terapêutica de venipunção. Apoiou-se em WHALEY e WONG, considerando as experiências desagradáveis e dolorosas do pré-escolar. Participaram da amostra 10 (dez) crianças, que foram avaliadas antes e após as orientações na presença e na ausência da mãe. A hipótese nula previu que as crianças orientadas antes dos procedimentos terapêuticos, na presença e/ou ausência da mãe, apresentam os mesmos comportamentos daquelas orientadas. A hipótese nula foi rejeitada ao nível 0,01 para resultados obtidos fora do intervalo (-2,58, 2,58). Concluiu-se que a humanização da criança hospitalizada é possível, a partir das orientações feitas com o auxílio de brinquedo terapêutico e inserção da mãe no tratamento.


This study, of the experimental kind, had as its objective to verify the influence of the orientation in humanization of the hospitable children, with use of puppets and proper material fortherapeutics of the venipuncture. The support has been WHALEY arid WONG, taking into consideration the disagreeable and dolorous experiences of the preschool. The sample consisted of 10 (ten) children, evaluated before and after the orientation in presence and absence of the mother. The null hypothesis foresaw that the children who had been oriented before the proceeding's therapeutics, in presence and/or absence of the mother, presented the same behavior as those who had not been oriented. The null hypothesis has been rejected with a level of 0,01 for results obtained for the interval (-2,58, 2,58). It was concluded that the humanization of the hospitable children is possible through the orientation with the aid of therapeutic playthings and the insertion of the mother in the treatment.


ARTIGOS

A influência do brinquedo na humanização da assistência de enfermagem à criança hospitalizada* * Trabalho apresentado como tema livre no 44° Congresso Brasileiro de Enfermagem. Brasília, DF, 1992.

Mirian Calíope Dantas PinheiroI; Gertrudes Teixeira LopesII

IEspecialista em Enfermagem Pediátrica e Neonatológica e Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, Professora Assistente da Disciplina de Pediatria da Associação Fluminense de Educação - AFE-UNIGRANRIO

IILivre-Docente, Mestre e Professora Adjunta do Departamento de Fundamentos de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ. Supervisora do Hospital Universitário Gaffrée Guinle da Universidade do Rio de Janeiro - UNIRIO

RESUMO

O estudo do tipo experimental, objetivou verificar a influência das orientações na humanização da assistência à criança hospitalizada, utilizando bonecos e materiais próprios para terapêutica de venipunção. Apoiou-se em WHALEY e WONG, considerando as experiências desagradáveis e dolorosas do pré-escolar. Participaram da amostra 10 (dez) crianças, que foram avaliadas antes e após as orientações na presença e na ausência da mãe. A hipótese nula previu que as crianças orientadas antes dos procedimentos terapêuticos, na presença e/ou ausência da mãe, apresentam os mesmos comportamentos daquelas orientadas. A hipótese nula foi rejeitada ao nível 0,01 para resultados obtidos fora do intervalo (-2,58, 2,58). Concluiu-se que a humanização da criança hospitalizada é possível, a partir das orientações feitas com o auxílio de brinquedo terapêutico e inserção da mãe no tratamento.

ABSTRACT

This study, of the experimental kind, had as its objective to verify the influence of the orientation in humanization of the hospitable children, with use of puppets and proper material fortherapeutics of the venipuncture. The support has been WHALEY arid WONG, taking into consideration the disagreeable and dolorous experiences of the preschool. The sample consisted of 10 (ten) children, evaluated before and after the orientation in presence and absence of the mother. The null hypothesis foresaw that the children who had been oriented before the proceeding's therapeutics, in presence and/or absence of the mother, presented the same behavior as those who had not been oriented. The null hypothesis has been rejected with a level of 0,01 for results obtained for the interval (-2,58, 2,58). It was concluded that the humanization of the hospitable children is possible through the orientation with the aid of therapeutic playthings and the insertion of the mother in the treatment.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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5. NUNES, D. N. et al. Aspectos da atividade assistêncial de enfermagem na unidade de internação pediátrica. Rev. Bras. Enf., R.S., n. 36, p. 29-37, 1983.

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7. DUARTE, E. R. M . et al. A utilização de brinquedos na sala de recuperação: um recurso a mais para assistência à criança. Rev. Bras. Enf., Brasília, v. 1 , n. 40, p. 74-81, 1987.

8. FARIAS, F.L.R. Alterações comportamentais ocasionadas para separação mãe-filho durante a hospitalização da criança. Rev. Bras. Enf., Brasília, v. 2, n. 41, p. 107- 122, abr/jun. 1988.

9. JERSILD, A Psicologia da criança, 5ª ed. Belo Horizonte: Itatiaia. 1966.

10. LIMA, A. M. et al. A criança e a família frente à hospitalização. Rev. Enf. Moderna, v.3, jul/set 1985.

11. LISBOA, A.M.J. Programa de hospitalização conjunta mãe filho. J. Ped. p. 38- 191 , 1973.

12. ______; TRENCH, M. H. e HECMAIER., M. Assitência de enfermagem a crianças hospitalizadas quando enfrentam situações desagradáveis (parte II) Rev. Esc. Enf. USP., v. 3, n. 13, p.287-299, 1979.

13. MOTTA, M.G.C. & ROSSI, N. R. S . Enfermagem pediátrica: assistência de enfermagem pediátrica. Porto Alegre: Saga, 1990, p. 45-51.

14. MORAIS, E . Manifestações de tensão e comportamento de adaptação de crianças hospitalizadas. Rev. Esc. Enf. USP., v. 1, n. 5, p. 44-57, mar. 1974.

15. NEIRA, H.E. del P. Interações entre enfenneiras e pais de crianças hospitalizadas. Rev. Esc. Enf. USP, v. 1, n. 19, p. 81-93, 1985.

16. ______; Aprendendo a preparar a criança para enfrentar situações difíceis e/ou desconhecidas. Rev. Esc. Enf. USP, v. 1, n. 17, p.27-32, 1983.

17. OKADA, R. M. Comportamento da criança hospitalizada: um parâmetro para assistência de enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP. , v. 3, n. 15, p. 307-312, 1981.

18. RAÑNA, W . Aspectos psicossociais da assistência à criança hospitalizada. Rev. do Centro de Est. Prof. Pedro de Alcantara. Inst da Criança do Hospital das Clinicas do FMUSP. Projeto capricórnio, v. 10, n.2, p. 59-66, 1988.

19. RIBEIRO, C. A. Sentido o valor das experiências significativas para aprendizagem: relato de duas situações vividas com crianças hospitalizadas. Rev. Esc. Enf. USP., v.3, n. 17, p. 159-203, 1983.

20. ______ O efeito da utilização do brinquedo terapêutico para enfermeira pediátrica, sobr eo comportamento de crianças recém-hospitalizdas. Rev. Esc. Enf. USP. , v. 25, n. 1, p. 41-60, abr. 1991.

21. ROCKENBACH, L.H. A enfermagem e a humanização do paciente. Rev. Bras. Enf. Brasilia. v. 1, n. 38, p. 49-54. jan/mar. 1985.

22. VERÍSSIMO, M. de La Ó R. A experiência de hopitalização explicada pela própria criança. Rev. Esc. USP., v. 25, n. 2, p. 153- 168, ago. 1991.

ANEXO ANEXO

  • 1. ANDRADES, I. Orientaçăo Infantil. 6. ed. Petrópolis: Vozes, p. 323-330, 1985.
  • 2. ACHCAR, M . C . H . Humanizaçăo do hospital . rev. Enf Atual, ano I, nş 5, mai/jun, 1979.
  • 3. GRANT, J . A . Situaçăo mundial da infância Brasilia: UNICEF, p. 1-40, 1984.
  • 4. MARTINS , D. M. R., OHKI, A. E., FELLI, V. E. M. Assistęncia de enfermagem a crianças hospitalizadas quando enferntam situaçőes desagradáveis (parte I). Rev. Esc. Enf. USP., v. 2, n. 13, p. 157- 169, 1979.
  • 5. NUNES, D. N. et al. Aspectos da atividade assistęncial de enfermagem na unidade de internaçăo pediátrica. Rev. Bras. Enf., R.S., n. 36, p. 29-37, 1983.
  • 6. WHALEY. E. H. & WONG, D. L. Enfermagem pediátrica Rio de Janeiro: Guanabara, 895p, 1989.
  • 1. ÂNGELO, M . Visitas restritas a criança hospitalizada: uma barreira para a intervençăo măe-filho. Rev. Esc. Enf. USP. v. 3, n. 19, p.213-223, 1985.
  • 2. ______ Brinquedo: um caminho para a compreensăo da criança hospitalizada. Rev. Esc. Enf USP v.3, n. 19, p.213-223, 1985.
  • 3. BEANI, T. C. A escuta do silęncio: um estudo sobre a linguagem do pensamento de Heidegger. Săo Paulo: Cortez/Autores Associados, 1981, p. 29-31.
  • 4. BROWN, M. S. & MURPHY, M. A. Pediatria em ambulatório para enfermeiras. Săo Paulo: 1980, p. 255-263.
  • 5. CAMARGO, M. Ética, vida e saúde. 7. ed. Petropólis: Vozes, 1983.
  • 6. DIDIER., M. G. S. L. Brincar faz parte do crescer. Recife: Universidade Católica de Pernambuco, 1977.
  • 7. DUARTE, E. R. M . et al. A utilizaçăo de brinquedos na sala de recuperaçăo: um recurso a mais para assistęncia ŕ criança. Rev. Bras. Enf., Brasília, v. 1 , n. 40, p. 74-81, 1987.
  • 8. FARIAS, F.L.R. Alteraçőes comportamentais ocasionadas para separaçăo măe-filho durante a hospitalizaçăo da criança. Rev. Bras. Enf., Brasília, v. 2, n. 41, p. 107- 122, abr/jun. 1988.
  • 9. JERSILD, A Psicologia da criança, 5Ş ed. Belo Horizonte: Itatiaia. 1966.
  • 10. LIMA, A. M. et al. A criança e a família frente ŕ hospitalizaçăo. Rev. Enf. Moderna, v.3, jul/set 1985.
  • 11. LISBOA, A.M.J. Programa de hospitalizaçăo conjunta măe filho. J. Ped. p. 38- 191 , 1973.
  • 12. ______; TRENCH, M. H. e HECMAIER., M. Assitęncia de enfermagem a crianças hospitalizadas quando enfrentam situaçőes desagradáveis (parte II) Rev. Esc. Enf. USP., v. 3, n. 13, p.287-299, 1979.
  • 13. MOTTA, M.G.C. & ROSSI, N. R. S . Enfermagem pediátrica: assistęncia de enfermagem pediátrica Porto Alegre: Saga, 1990, p. 45-51.
  • 14. MORAIS, E . Manifestaçőes de tensăo e comportamento de adaptaçăo de crianças hospitalizadas. Rev. Esc. Enf. USP., v. 1, n. 5, p. 44-57, mar. 1974.
  • 16. ______; Aprendendo a preparar a criança para enfrentar situaçőes difíceis e/ou desconhecidas. Rev. Esc. Enf. USP, v. 1, n. 17, p.27-32, 1983.
  • 17. OKADA, R. M. Comportamento da criança hospitalizada: um parâmetro para assistęncia de enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP. , v. 3, n. 15, p. 307-312, 1981.
  • 18. RAÑNA, W . Aspectos psicossociais da assistęncia ŕ criança hospitalizada. Rev. do Centro de Est. Prof. Pedro de Alcantara. Inst da Criança do Hospital das Clinicas do FMUSP. Projeto capricórnio, v. 10, n.2, p. 59-66, 1988.
  • 19. RIBEIRO, C. A. Sentido o valor das experięncias significativas para aprendizagem: relato de duas situaçőes vividas com crianças hospitalizadas. Rev. Esc. Enf. USP., v.3, n. 17, p. 159-203, 1983.
  • 20. ______ O efeito da utilizaçăo do brinquedo terapęutico para enfermeira pediátrica, sobr eo comportamento de crianças recém-hospitalizdas. Rev. Esc. Enf. USP. , v. 25, n. 1, p. 41-60, abr. 1991.
  • 21. ROCKENBACH, L.H. A enfermagem e a humanizaçăo do paciente. Rev. Bras. Enf. Brasilia. v. 1, n. 38, p. 49-54. jan/mar. 1985.
  • 22. VERÍSSIMO, M. de La Ó R. A experięncia de hopitalizaçăo explicada pela própria criança. Rev. Esc. USP., v. 25, n. 2, p. 153- 168, ago. 1991.

ANEXO

  • *
    Trabalho apresentado como tema livre no 44° Congresso Brasileiro de Enfermagem. Brasília, DF, 1992.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      25 Fev 2015
    • Data do Fascículo
      Jun 1993
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