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Voluntários de saúde: mito ou realidade? Elementos preliminares da avaliação de nove anos de experiência no Sistema de Saúde Comunitária Murialdo, Rio Grande do Sul

Resumos

De 1974 à 1983, 140 voluntários foram formados no Sistema de Saúde Comunitária Murialdo. Os autores descrevem a origem, evolução, objetivos, operacionalização, método pedagógico e conteúdos desenvolvidos no treinamento. Analisa-se a repercussão da formação a nível do voluntário, sua família, comunidade e serviços de saúde. A obtenção de um emprego e de valorização pessoal constituem a principal motivação da procura do programa. Há predominância do exercício de tarefas curativas e uma relativa resistência de membros das equipes de saúde em reconhecer o papel do voluntário. São discutidos, em conclusão, os limites e as possibilidades de programas de treinamento dessa ordem.


From 1974 to 1983 the Murialdo Community Health System has graduated 140 volunteers. The authors describe the origin, evolution, objectives, operatio-nalization, educational methods and contends developed in the training. Repercussion of training on the volunteer and his family, on the community and on health services are analysed. Attainement of a job and personal valuation are main motivation for searching the program. Medical activities predominate over others. Relative resistance of health team members in recognizing volunteers role is observed. Concluding, limits and possibilities of this kind of training program are discussed.


ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO

Voluntários de saúde - mito ou realidade? Elementos preliminares da avaliação de nove anos de experiência no Sistema de Saúde Comunitária Murialdo, Rio Grande do Sul

Dinalva ScaravaglioneI; Eleonor M. CoroilliII; Regina R. WittIII; Tânia RanieriIV

IEnfermeira, Coordenadora do Programa de Treinamento de Voluntários de Saúde, Sistema de Saúde Comunitária Murialdo. Rua Vidal de Negreiros, 443. 90000 Porto Alegre, RS

IIMédica, Doutora em Desenvolvimento Econômico c Social, Mestre em Saúde Comunitária, coordenadora do Serviço de Saúde Pública, Sistema de Saúde Comunitária Murialdo

IIIEnfermeira, especialista em Saúde Comunitária

IVEnfermeira, Serviço de Enfermagem, Sistema de Saúde Comunitária Murialdo

RESUMO

De 1974 à 1983, 140 voluntários foram formados no Sistema de Saúde Comunitária Murialdo. Os autores descrevem a origem, evolução, objetivos, operacionalização, método pedagógico e conteúdos desenvolvidos no treinamento. Analisa-se a repercussão da formação a nível do voluntário, sua família, comunidade e serviços de saúde. A obtenção de um emprego e de valorização pessoal constituem a principal motivação da procura do programa. Há predominância do exercício de tarefas curativas e uma relativa resistência de membros das equipes de saúde em reconhecer o papel do voluntário. São discutidos, em conclusão, os limites e as possibilidades de programas de treinamento dessa ordem.

ABSTRACT

From 1974 to 1983 the Murialdo Community Health System has graduated 140 volunteers. The authors describe the origin, evolution, objectives, operatio-nalization, educational methods and contends developed in the training. Repercussion of training on the volunteer and his family, on the community and on health services are analysed. Attainement of a job and personal valuation are main motivation for searching the program. Medical activities predominate over others. Relative resistance of health team members in recognizing volunteers role is observed. Concluding, limits and possibilities of this kind of training program are discussed.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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* Denominados seguidamente de formas variadas tais como: agente de saúde comunitária, agente polivalente elementar, agente local de saúde, trabalhador de saúde comunitária, visitador de saúde pública, visitador sanitário e voluntário de saúde.

  • 2
    BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto Nacional de Serviços Básicos de Saúde - PREVSAUDE: Anteprojeto. Brasília, 1980. (mimeografado).
  • 3. BUSNELLO, E. et alii. O projeto do sistema de saúde comunitária - Unidade Sanitária Murialdo. Porto Alegre, 1977.
  • 4. CONFERĘNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 7, Brasília, 1980. Anais. Brasília, Centro de Documentaçăo do Miiiistério da Saúde, 1980.
  • 6. DJUKANOVIC, V. & MACH, E.P. Comment répondre aux besoins sanitaires fondamentaux des populations dans les pays en voie de développement. Genčve, Organisation Mondiale de la Santé, 1975.
  • 7. FERREIRA, M.L. et alii. O treinamento de visitadoras de saúde pública no Centro de Saúde Experimental da Barra Funda e Bom Retiro. Enf. Novas Dimcns., Săo Paulo, 1(6):312-36, jan./fev. 1976.
  • 8. JOBERT, B. La participation populaire au développement sanitaire: le cas des volontaires de la santé cm Inde. Revue TiersMonde, 23(91):649-669, juil./sept. 1982.
  • 10. ORGANISATION MONDIALE DE LA SANTÉ. L'agen te de san té communau taire. Genčve, 1977.
  • 11. PAZ, T. La formación de Katiwalas, trabajador is de salud de la comunidad. Foro Mund. Salud, Genebra, 4(1):38-41, 1983.
  • 12. RÉPUBLIQUE POPULAIRE DU MOZAMBIQUE. Ministčre de la Santé. Les soins de santé primaires au Mozambique. Paris, L'Harmattan, 1979.
  • 13. WERNER, D. O agente de saúde. Contât, Genebra, (15):3-12, dez. 1980.
  • 14. ZOYSA, I. & COLE-KING, S. Cómo remunerar al agente de salud de la comunidad? Foro Mund. Salud. Genebra, 4(2):145-150, 1983.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Mar 2015
  • Data do Fascículo
    Dez 1984
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