A experiência do estudante de graduação de enfermagem na escola de 19 grau prestando assistência primária de saúde

A experiência do estudante de graduação de enfermagem na escola de 19 grau prestando assistência primária de saúde

Espreafico, Enilza M.; Lourenço, Maria Regina

Estudantes do 59 semestre de graduação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto -USP

RESUMO

O trabalho analisa a experiência de 43 dos 65 estudantes que cursam o 59 semestre de graduação de 1982 da Escola de Enfermagem da USP, Campus Ribeirão Preto, atuando em uma escola de 19 grau, localizada na periferia de Ribeirão Preto, constituída por alunos do bairro de nível socioeconómico precário prestando assistência de saúde ao escolar, através de seu meio-ambiente: escola, família e comunidade.

Para avaliar a experiência desses estudantes, utilizamos um questionário constando de 18 questões.

A análise dos resultados traduz a importância de se incluir programas semelhantes nos currículos de graduação de Enfermagem, significando aprendizado, conscientização dos estudantes e abertura de campo de atuação do enfermeiro.

SUMMARY

The work analyzes an experience of forty-three students, from sixty-five, who attend the 5^tn semester of graduation in 1982, in a nursing school - USP, Ribeirão Preto, composed by students of the neighborhood, with a precary social-economic level; making assistance of health to the students, through their environment: school, family and community.

To avalue the experience of those students, we used a questionnaire with eighteen questions.

The analysis of the results shows the great importance to inclue similar programs in the apprenticeship, make the student conscious of the situation, and open fields to the nurse actuation.

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ANEXO I

UNIDADE DE ENFERMAGEM PEDIÁTRICA

Assistência de Enfermagem em escolas de 1.º e 2.º grau (Higiene Escolar)

CARGA HORÁRIA - 40 horas semanais

NÚMERO DE ALUNOS - 65

NÚMERO DE GRUPOS - 06

NÚMERO DE ALUNOS POR GRUPO - 10 a 11

ALUNOS MONITORES - 07

LOCAL DE ESTÁGIO - Escola de 1.º grau "Prof. Rafei Leme Franco"

DOCENTES RESPONSÁVEIS - Maria das Graças C. Ferriani

- Maria A parecida Todechi Cano

DURAÇÃO DO CURSO - 08 semanas

PERÍODO DO CURSO - 1.º de março a 26 de junho.

HORÁRIO - Manhã - 2ª a 6ª feira das 7:30 às 12:00 horas

- Tarde - 2ª, 3ª, 5ª e 6ª feira das 13:30 às 17:00 horas

MÉTODO

Seminários, Discussões em grupo, Estudos de casos, Demonstrações, Trabalho em grupo de estágio e Pesquisa bibliográfica.

ATIVIDADES DISCENTES

Participação em grupo de discussão, seminários, trabalhos individuais e em grupos. Dentro da Unidade de Enfermagem Pediátrica, a parte será avaliada através de um relatório final onde conste o planejamento e execução dos programas propostos.

OBJETIVOS GERAIS

Desenvolver dentro da disciplina de Enfermagem Pediátrica, um programa de Assistência ao Escolar que leve o Enfermeiro a interagir com a criança como membro de uma família, na escola, na comunidade.

CONTEÚDO TEÓRICO PRATICO

Unidade I

1. Conhecimento e interação do sistema escolar

2. Interação com os pais dos alunos

3. Conhecimento e interação com a comunidade na qual a escola se encontra inserida.

4. Avaliação do estado de saúde das crianças e dar assistência em nível de prevenção Primária à Saúde através de:

- Exame físico do Escolar e comparação com os parâmetros normais de crescimento e desenvolvimento infantil.

- Levantamento das necessidades básicas quanto:

a) Nutrição

b) Higiene Dentária

c) Higiene Corporal

d) Imunização

s) Lazer

5. Planejamento e Execução de Visitas Domiciliares às Famílias com os seguintes objetivos:

- Avaliação do Saneamento Básico

- Avaliação das condições sócio-econômicas

6. Assistência de Enfermagem à Criança com:

- Febre

- Diarréia

- Vômito

- Piodermite

- Escabiose

- Verminose

- Pediculose

7. Encaminhamento das crianças com problema de saúde para os Postos de Atendimento da Comunidade.

Unidade II

1. Planejamento e Execução de programas para os alunos como:

- Educação Sexual

- Alcoolismo

- Tóxicos

2. Assessoria aos professores na Educação Física para os alunos da 1ª à 4? série.

3. Assessoria aos pelotões de saúde.

4. Planejar, organizar e executar cursos sobre higiene e nutrição para o pessoal responsável pela merenda escolar.

5. Promoção de campanhas e concursos de saúde.

6. Participação nas reuniões de Pais e Mestres.

7. Colaborar com as Psicólogas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP para formação e condução dos grupos de alunos com problemas de comportamento na escola.

8. Encaminhamento dos alunos com dificuldade motora para o convênio de Psiquiatria da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP.

ANEXO II

QUESTIONÁRIO

Essas questões referem à sua experiência, quanto a atuação na Escola de 19 grau Prof. Rafael Leme Franco, como estudante de Enfermagem, prestando assistência primária, de saúde, à comunidade.

NOME: .......................................................

1. Você já teve alguma experiência em escolas de 1 ? grau antes deste estágio?

( ) sim ( )não

Especifique:

2. O estágio na Escola Estadual de Primeiro Grau Prof. Rafael Leme Franco:

a) representou uma oportunidade de aprendizagem? ( ) sim ( ) não

b) significou experiências importantes? ( ) sim ( ) não

c) foi oportunidade de ensinar hábitos de higiene e saúde? ( ) sim ( ) não

d) despertou seu interesse para o cumprimento das atividades do programa?

( )sim ( ) não

e) deu idéias de como planejar trabalhos em escolas de 19 grau?

( ) sim ( ) não

f) deu formação, suficiente de como agir a nível de assistência primária de Enfermagem, em escolas de IV grau?

( ) sim ( ) não

g) foi mais interessante que os demais estágios realizados?

( ) sim ( ) não

h) complementou os demais estágios realizados?

( ) sim ( ) não

i) você acha que contribuiu para a comunidade local?

( ) sim ( ) não. Justifique a partir de dados concretos:

2. A atuação direta com a população do bairro por meio de visitas domiciliares:

a) é semelhante à atuação no hospital com a mesma população?

( ) sim ( ) não

b) as condições de saúde, higiene educacional e econômica dessa população eram desconhecidas por você?

( ) sim ( ) não

c) o estágio deu condições de reconhcer a realidade e gravidade dos problemas sociais do nosso país?

( ) sim ( ) não

d) após essa experiência você se sente mais preparada para os trabalhos semelhantes em escolas, comunidade e com a realidade que vivenciou?

( ) sim ( ) não

e) a visita domiciliar é papel da Enfermaria escolar?

( ) sim ( ) não. Se responder não justifique:

3. Dos programas estabelecidos, quais (ou qual), você teve maior dificuldade em realizar: OBS: Aos itens dessa questão deve ser atribuído notas de zero a três, que significam:

0 = não houve dificuldade

1 = pequena dificuldade

2 = média dificuldade

3 = grande dificuldade

a) visitas domiciliares ( )

b) aulas expositivas ou sob forma de dramatização sobre educação e hábitos à saúde de forma geral, como, higiene corporal, higiene bucal, educação sexual, parazitoses, etc. ( )

c) exame físico das crianças ( )

d) orientação a professores e funcionários em relação à saúde ( )

e) encaminhamento dos alunos com problema de saúde para instituições de recursos da comunidade ( )

f) conduta a tomar diante de uma criança com problema de saúde ( )

g) educação física ( )

h) atividades de lazer para os alunos ( )

OBS: se algumas dessas atividades, acima, você não teve oportunidade de realizar ou se realizou outras diferentes, especifique-as.

4) Quais das atividades exigiu de você, maior preparo?

5) Considera importante que a enfermeira esteja preparada nos aspectos referentes a essas atividades?

( ) sim ( ) não

6) Você se considera, agora, em condições de desenvolver tais atividades?

( ) sim ( ) não

7) Quem a(o) ajudou nas dificuldades encontradas durante a realização de tais atividades?

a) professor do estágio ( )

b) professor da escola ( )

c) colegas ( )

d) referências bibliográficas ( )

e) outras ( )

Especifique:

8) O que você sugere como preparação para essas atividades?

a) cursos ( )

b) disciplinas específicas oficializadas, no currículo de graduação ( )

c) referências bibliográficas ( ) e) outras ( )

Especifique:

9) Qual a reação das crianças quanto à presença dos estudantes e profissionais de Enfermagem?

a) indiferença ( )

b) receptividade ( )

c) agressividade ( )

d) alegria ( )

e) interesse ( )

f) medo ( )

g) inibição ( )

h) carinho ( )

Obs: Para as duras questões seguintes, use os itens acima, especificando apenas, a letra de ordem de cada um, que você se referir.

10) Qual a reação da mãe ou do responsável pelo aluno, quanto à sua presença (em visitas domiciliares ou na escola)?

11) Qual a reação dos professores e funcionários da escola quanto à presença dos estudantes e profissionais de Enfermagem?

12) As esperiências que você teve nos outros estágios da Escola de Enfermagem:

a) ajudou-o neste estágio ( )

b) não teve relação com este estágio ( )

c) outras resposta ( )

Justifique:

13) Essa experiência de, assistência primária à comunidade, que você teve nesse estágio, do 39 ano de graduação, deu-lhe segurança para optar quanto a sua habilitação no 49 ano de graduação?

( ) sim ( ) não

14) Qual o papel do estudante de enfermagem na Escola de 19 grau?

15) Você considera necessária a atuação do Enfermeiro na escola de 1.º grau?

( ) sim ( ) não

Justifique:

16) Qual o papel social representado pela Escola de Enfermagem, docentes responsáveis e estudantes, pela realização desse tipo de trabalho?

17) Quais suas perspectivas, em relação a escola de 1.º grau, como campo de trabalho para o profissional de Enfermagem?

18) Qual seu interesse em atuar nesse campo?

• STOFFEL, Floriano - Ortogênese do Escolar, Evolução e conceituação. Pediatria Moderna, Rio de Janeiro 7(1):28-48, abril 1972.
• TRINDADE, José Coimbra - A saúde escolar e seus novos rumos Pediatria Moderna, Rio de Janeiro 7(1):8-27, abril 1972.
• STOFFEL, Floriano - Preparo dos integrantes do Serviço de Saúde Escolar. Pediatria Moderna, Rio de Janeiro 9(5):37-52 julho 1974.
• CENTRO DE DEFESA DA QUALIDADE DE VIDA - A Situação da Criança no Brasil 2Ş. ed. Rio de Janeiro, Ilha 1980.
• ODA, S. Dorothy - El papel de la Enfermem de Salud Comunitária em los sistemas escolares. In: Enfermeira de Salud Comunitária. OMS 1977,p. 297-311.
• LOIS FRELS, R. N. - M. A. National Survey, School Nurse Certification, The Journal of School Health Kent 44 (6): 340-341 june 1974.
• PERNETTA, Cesar - Alimentação do Pré-escolar e do Escolar, In: Alimentação da Criança 7 Ş ed., São Paulo, FEBP 1980 p. 237-243.
• SCHMIDT, Cheryl Klouzal - Public Schools as a Clinicai Experience for Nursing Students, The Journal of School Health Kent 51 (8):492-495 september 1981.
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• D'EL REY, Denise Cesar Homem - Pesquisa Ajuda a Educação em Saúde USP informações - São Paulo 112:6. 1982.

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  04 Mar 2015
• Data do Fascículo
  Mar 1983