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Mortalidade, sobrevida e fatores prognósticos de pessoas com aids em unidade de terapia intensiva

RESUMO

Objetivo:

Analisar a mortalidade, sobrevida e fatores prognósticos de pacientes com aids em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Método:

Estudo de coorte retrospectivo, com amostra de 202 pessoas com aids em UTI, cujas características sociodemográficas, epidemiológicas e clínicas foram obtidas em prontuários e avaliadas.

Resultados:

A maioria dos pacientes era do sexo masculino (73,8%) e usuária de drogas (59,4%), sem acompanhamento regular de saúde (61,4%), não aderente aos antirretrovirais (40,6%), com baixa contagem de linfócitos T CD4+ (94,0%) e carga viral elevada (44,6%). As principais causas de internação foram sepse e insuficiência respiratória e renal. O tempo médio de internação foi de 11,9 dias (p = 0,0001), com sobrevida de 41,6%; 58,5% foram a óbito na UTI. Sepse na admissão (p < 0,001), lesão por pressão (p = 0,038), exposição sexual (p = 0,002), carga viral elevada (p = 0,00001) e hospitalização prolongada (p < 0,001) aumentaram o risco de morte.

Conclusão:

A maioria dos pacientes não tinha acompanhamento regular de saúde, era usuária de drogas e apresentava baixa contagem de linfócitos T CD4+ e alta carga viral. A mortalidade foi elevada, indicando que a adesão antirretroviral é essencial para reduzir a resistência viral, doenças oportunistas e mortalidade.

DESCRITORES
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Mortalidade; Sobrevida; Unidades de Terapia Intensiva

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