OBJETIVO
Avaliar como os profissionais das equipes de saúde da família de três municípios de Pernambuco percebem e interpretam os efeitos do treinamento de hanseníase.
MÉTODO
Estudo qualitativo que utiliza perspectiva habermasiana. Formalizaram-se seis grupos focais, perfazendo 33 enfermeiras e 22 médicos. Constaram do roteiro: reações ao treinamento, aprendizagem, transferência de aprendizagem e resultados organizacionais.
RESULTADOS
Foram recorrentes as opiniões positivas sobre o desempenho do instrutor, o material didático, a atitude de alerta à ocorrência de casos, negativas sobre falta de ensino prático, muita informação em curto tempo e pouca ênfase em conteúdos básicos. Perceberam baixa autoeficácia e baixo locus de controle, ambiguidade, conflito de competências e a falta de suporte à aplicação do aprendido. As enfermeiras mostraram maior insatisfação com o suporte organizacional.
CONCLUSÃO
A baixa efetividade do treinamento revela a necessidade de negociar a capacitação a partir da problematização do trabalho, considerando as condições para o desempenho.
Hanseníase; Equipe de Assistência ao Paciente; Estratégia Saúde da Família; Capacitação; Efetividade; Avaliação em Saúde