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Normas de gênero entre jovens “Sem Terra”: evidências para a prática social de enfermagem* * Extraído do projeto de doutorado “Assimetrias de gênero entre a juventude do MST no Paraná”, Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, 2016.

RESUMO

Objetivo

Analisar a relação entre as características sociodemográficas de jovens do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra quanto à razão de prevalência para estarem em acordo com as normas de gênero.

Método

Estudo transversal, realizado durante uma Jornada de Agroecologia sediada no Estado do Paraná, com jovens (15 a 29 anos) de ambos os sexos. A coleta de dados foi conduzida por meio da aplicação de questionário. A análise dos dados comparou variáveis sobre normas de gênero em relação às sociodemográficas e, para avaliar tal relação, calculou-se a Razão de Prevalência (RP) com Intervalo de Confiança (IC) aos 95%.

Resultados

A amostra do estudo foi composta por 147 jovens. Observou-se maior prevalência para o acordo com as normas de gênero (RP com IC aos 95%) entre as mulheres em relação aos homens, e que características sociodemográficas (menor escolarização, que vivem em acampamento, de pele não branca e com crença religiosa) foram indicadores sociais para tal posicionamento entre ambos os sexos.

Conclusão

O subproduto de um regime de gênero patriarcal tem levado mais as jovens à interiorização e à reafirmação das normas de gênero, evidenciando um importante campo de atuação para as práticas sociais de enfermagem, com vistas a contribuir para a transformação desta realidade.

Identidade de Gênero; Gênero e Saúde; Saúde da População Rural; Cuidados de Enfermagem; Enfermagem em Saúde Pública

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