Resumo
OBJETIVO
Avaliar um programa educativo baseado nos princípios do autogerenciamento com programa educativo convencional, por meio de instrumentos de qualidade de vida, ansiedade e depressão em período de 12 meses transcorridos do início do tratamento.
MÉTODO
Estudo experimental, randomizado, controlado, realizado com pacientes com câncer de cabeça e pescoço, tratados em hospital universitário do município de São Paulo. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo controle, submetido ao plano educativo convencional, e grupo experimento, submetido ao plano educativo para o autogerenciamento. Para as análises empregaram-se estatísticas descritiva e analítica, utilizando-se o teste t, o teste exato de Fischer e ANOVA de Medidas Repetidas.
RESULTADOS
Foram selecionados 20 pacientes. A maioria dos participantes foi do sexo masculino, em estádios avançados de doença e submetidos a três modalidades terapêuticas. O grupo controle apresentou queda gradual dos escores de qualidade de vida no transcorrer do tratamento, enquanto o grupo experimento aumentou progressivamente. A correlação foi significativa entre a presença de sintomas de ansiedade e depressão e baixa qualidade de vida. Pacientes do grupo controle apresentaram piora significativa do bem-estar social/familiar (P = 0,02) e da prevalência de preocupações adicionais relacionadas ao câncer de cabeça e pescoço (P = 0,01), enquanto o grupo experimento apresentou redução dos sintomas de ansiedade (P = 0,001) e melhora do bem-estar emocional (P = 0,01).
CONCLUSÃO
A intervenção educativa pautada na construção de habilidades para o autogerenciamento favoreceu a qualidade de vida e reduziu a ansiedade e a depressão. Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR 2q53ct).
Descritores:
Neoplasias de Cabeça e Pescoço; Autocuidado; Educação em Saúde; Qualidade de Vida; Ansiedade; Enfermagem Oncológica