Resumo:
Neste artigo, analisamos as trajetórias de mulheres agricultoras no Sudoeste do Paraná a partir das questões de gênero, da formação religiosa e da ação política que implicaram diretamente o exercício de suas lideranças na igreja, no sindicato, em associações, em partido político e em movimentos sociais. Em suas narrativas, constatamos que suas vivências se cruzam com as experiências coletivas das mulheres do campo e das lutas políticas em âmbito regional e nacional. Observamos, também, como essas lideranças foram constituídas e como elas reconfiguram papéis sociais naturalizados enquanto agricultoras. Compreender a trajetória vivenciada por essas mulheres remete-nos à questão da interseccionalidade, em que o gênero não tem referentes fixos, mas é marcado pelas diferenças de classe, origem étnica e racial, modo de vida, situação rural e experiência histórica.
Palavras-chave:
mulheres agricultoras; liderança política; gênero; interseccionalidade