Resumo:
Na minha intervenção procurarei focar aspectos vários da poética visual e narrativa da artista palestiniana Mona Hatoum, há longos anos exilada em Londres e Berlim, à luz do conceito de “contraponto”, de Edward Said, e da sua interrogação das fronteiras do público e do privado. A desfamiliarização do espaço doméstico e dos objectos “banais” do quotidiano propostos pela artista na sua obra, as suas narrativas de des-figuração e des-emolduramento performativo, serão aqui debatidas enquanto metáfora de estranhamento emocional e despaisamento social e político, em tempos de exílio e migrações. Através da minha discussão e dos meus estudos de caso procurarei igualmente reflectir sobre os novos desafios que o Feminismo como movimento emancipatório e pensamento crítico resiliente enfrenta hoje, num contexto transnacional.
Palavras-chave:
arte; exílio; contraponto; feminismo transnacional