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Línguas selvagens não podem ser domadas: mulheres, linguagem e filosofia

Wild tongues cannot be tamed: women, language and philosophy

Las lenguas salvajes no se pueden domesticar: mujeres, lenguaje y filosofía

Resumo:

No artigo, discuto como, de acordo com Barbara Cassin, a metafísica da tradição foi marcada por um regime discursivo com base nos imperativos de significado e significação, ao qual eu nomeio, no desenvolvimento da presente investigação, como masculino. Tendo em vista uma visada filosófica sobre o problema da linguagem, pretendo explorar as consequências políticas desse projeto que historicamente excluiu e silenciou mulheres ao aliar uma linguagem logocêntrica ao falocentrismo de uma cultura patriarcal, sendo este corolário daquele. Mobilizando referências da filosofia, da psicanálise, e também do campo da arte, tanto da literatura quanto das artes visuais, busco, no texto, interrogar se haveria - ou o que caracterizaria - uma experiência feminina da linguagem que nos permita pensar uma saída para fora da tirania do sentido legada por Aristóteles ao pensamento ocidental.

Palavras-chave:
linguagem; feminino; psicanálise; Barbara Cassin; arte

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