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Saudades: JARDEL BORGES FERREIRA

Faleceu em janeiro de 2008, aos 95 anos, o engenheiro Jardel B. Ferreira, um dos criadores da REM, em 1936, e da qual foi seu primeiro gerente. Há alguns anos, a REM já havia prestado uma homenagem, com o apoio da CST e pelas mãos do jornalista Vladimir Godoy (Jornalista formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo e pela Universidade Federal do Espírito Santo). Reproduzimos, aqui, parte dessa reportagem, como forma de nos despedirmos.

O perfil de um vencedor

Os tempos passam e a revista REM ficou sexagenária, assim como seus fundadores. Esta é uma idade em que as pessoas ficam acima do bem e o mal, pois já passaram por muitas experiências na vida e na carreira. O engenheiro Jardel Borges Ferreira é outro profissional, que fez parte do grupo que fundou a revista. Nesta entrevista, o Dr. Jardel fala da sua vida profissional, conta como era a vida acadêmica e diz como foi fundada a revista Escola de Minas. No final, ele dá a sua receita de sucesso para quem está dando os primeiros passos na vida profissional.

Vladimir Godoy

O Dr. Jardel, como é chamado pelos amigos, é uma daquelas pessoas que, quando a gente vê, sabe logo que ele veio a este mundo para ser um vitorioso. É um grande profissional, observador e muito detalhista. É um planejador por excelência: desde a implantação de uma aciaria até uma simples viagem. Ele, pessoalmente, cuida de tudo, nos mínimos detalhes. Apesar dessas qualidades, não é uma pessoa séria demais, nem sisuda. Dr. Jardel é um técnico com alma de criança. É um brincalhão, um bom papo e um bom companheiro. Um de seus passatempos, quando jovem, era tocar violino, além de bancar o mágico, brincando e fazendo travessuras para os filhos e os vizinhos.

Dizem que para um homem ser vitorioso tem que estar no lugar certo, na hora certa. O Dr. Jardel sempre esteve no momento certo no lugar exato. Foi testemunha ocular dos grandes momentos da história da siderurgia brasileira. Tem o perfil de um profissional que toda a grande empresa gostaria de ter em seus quadros, dentro ou fora do Brasil. O que mais chama a atenção no perfil do Dr. Jardel é aquilo que nós chamamos de vontade de aprender e fazer mais coisas. Vontade de trabalhar e vontade de contribuir para que a sua empresa sempre progrida.

O início de tudo

O menino Jardel nasceu em Niterói, em 1913. Fez os primeiros estudos por lá e depois foi morar em Santos Dumont, com os pais. Sempre desejou ser engenheiro e ele sabia, do fundo de sua alma, que a sua vocação era a engenharia. Decidiu estudar em Ouro Preto, por ser a Escola de Minas a mais famosa e, é claro, por estar mais perto de sua casa.

A vida acadêmica

"Foram seis anos inesquecíveis! Subindo e descendo as ladeiras de Ouro Preto" - recorda Dr. Jardel. "Eu lá não fiz amigos, porque todos já eram amigos e havia uma perfeita união entre alunos, professores, funcionários e a cidade". No Centro Acadêmico, os alunos jogavam xadrez, gamão e participavam de outras atividades. À noite, faziam serenata. Quando era anexim, um vestibulando, o estudante Jardel encontrou-se com uma turma do quarto ano e juntos foram fazer serenata para um professor da Escola que tinha apertado os alunos no último semestre. Tocaram uma única música a noite toda: a "Perpétua". Foi de encher qualquer saco. O professor, toda a hora chegava à janela e pedia, pelo amor de Deus, para que eles parassem, que já não agüentava mais, porque nem ele nem os filhos pequenos conseguiam dormir... E os seresteiros continuaram a tocar pela madrugada adentro. Meses depois, eis que o vestibulando entra na sala para fazer o exame oral na cadeira de Analítica. Lá estava o mesmo professor da serenata, impassível, olhar pétreo, esperando para examiná-lo. O professor só fez uma observação, disse: "Espero que o senhor tenha estudado tão bem quanto faz serenata". Por sorte, o aluno tinha estudado bastante e passou com louvou no vestibular.

A Escola de Minas era reconhecida pela sua excelência no Brasil inteiro. O curso era tão bom que os industriais e empresários já pagavam a alguns alunos para terem o privilégio de possuir passes e os levarem para as suas empresas. O aluno Jardel é da turma que se formou em 1938. Eram apenas 14 jovens prontos para conquistar o mundo. Talvez, o universo fosse pouco para eles.

A Revista

"A REM - Revista Escola de Minas nasceu da falta de uma publicação para divulgar as atividades técnicas da Escola. Na primeira reunião para se criar a revista, estavam presentes seis ou oito alunos", lembra o ex-aluno Jardel, que foi o seu primeiro gerente. Eram os próprios alunos que faziam a composição na velha máquina de linotipo, catando milho, juntando cada letra, uma por uma para compor o texto. A primeira edição deu um trabalho danado para aqueles pioneiros. Quando saiu o exemplar, foi uma festa! Naquela época, tudo era motivo para beber. E lá foram eles em direção ao bar tomar uma cervejinha para comemorar o primeiro número.

A Vida Profissional

O primeiro emprego do Dr. Jardel foi no antigo Conselho Nacional do Petróleo. Ele foi trabalhar no campo, em pesquisa de prospecção geofísica, na Bahia.

Em 1942, foi convocado pelo então Coronel Edmundo Macedo Soares, para trabalhar na implantação da CSN - Companhia Siderúrgica nacional. Seu primeiro trabalho, como simples engenheiro, foi no projeto de laminação de Volta Redonda. Dr. Jardel exerceu todas as atividades dentro da Companhia. Passou por vários postos e chegou a Superintendente Geral de Operações da Usina.

Em 1943, começou o plano de expansão da CSN. Dr. Jardel foi enviado aos Estados Unidos para trabalhar no Projeto de Volta Redonda, em Cleveland, Ohio. Depois de 2 anos, com a missão cumprida, Dr. Jardel voltou à Usina onde chefiou o Departamento de Chapas. Com a sua dedicação e persistência, Dr. Jardel progrediu na administração de Volta Redonda e em 1960 voltou aos Estados Unidos, chefiando o escritório de Cleveland. Retornou ao brasil depois de 4 anos; trabalhando na expansão, foi, então, elevado ao posto de Superintendente de pesquisa e Controle de Qualidade.

Uma das missões mais importantes do engenheiro foi a sua participação na elaboração do Plano Siderúrgico Nacional, de onde surgiu a Siderbras.

Em 1966, convidado por Wilkey Moreira Barbosa, entrou na Acesita, ficando lá por 16 anos, sendo seu vice-presidente, durante três diretorias consecutivas. Sua função sempre foi técnica e foi o grande responsável pela expansão e modernização da história da Acesita na introdução do aço inoxidável e aço silício em chapas. A Acesita foi a primeira na América latina a produzir aços especiais em chapas e bobinas.

Dr. Jardel ficou lá, na Acesita, até 1980. Depois foi trabalhar na CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão. Em Tubarão foi assessor técnico para assuntos de metalurgia do Presidente Arthur Carlos Gerhard Santos. Foi outro grande desafio trabalhar numa empresa exportadora de placas de aço. Foram mais 10 bons anos de trabalho.

Aos 79 anos parou de trabalhar, tendo completado, na ativa, 50 anos de formado. Aos 83 anos, o velho guerreiro se aposentou das atividades empresariais e ainda dedica seu tempo a pesquisar na internet.

A Metalurgia Hoje

Com seus olhos experientes e detalhistas, Dr. Jardel vê hoje a metalurgia ainda como um setor fascinante e fantástico. "Cresceu muito e houve uma mudança muito grande", diz ele. "Acredito seriamente no futuro da siderurgia; não só no Brasil mas no mundo todo. A siderurgia ainda vai ter muitos séculos de progresso pela frente. Isto porque o aço é insubstituível nas suas aplicações em produtos para a humanidade. E vai continuar assim por vários milênios. A história do desenvolvimentos do homem na terra é a história do aço. E o aço tem melhorado constantemente com a aplicação de microelementos, ampliando o seu uso em muitas atividades" - concluiu o Dr. Jardel.

A Família

Dr. Jardel considera que o êxito que ele teve na sua carreira foi devido ao apoio e ao carinho da família, principalmente de sua mulher, Anésia, que sempre o ajudou muito na sua profissão. Passar muito tempo fora do lar, longe dos filhos e ficar afastado da esposa faz parte da profissão que escolheu. E apoio foi o que não faltou.

A Receita de Sucesso

Morando em Vitória e ainda com muita atividade, Dr. Jardel está sempre trabalhando no seu "Dicionário de Geociências", o único do gênero no mundo, que já está em sua segunda edição, sendo que a primeira edição foi feita pela Fundação Gorceix. Ainda, de quebra, está estudando alemão, um dos seus hobbies atuais.

Olhando para trás, Dr. Jardel tem a plena certeza de que é um homem totalmente realizado. E, hoje, na plenitude de sua vida, ele diz, com a convicção de um sábio, que, se tivesse o poder de refazer a sua vida profissional, não a modificaria em nada. Não alteraria um único minuto: "...estou tão satisfeito com a minha carreira de engenheiro metalurgista, de minas e civil que não mudaria nada do meu passado".

E qual a receita para quem muito aprendeu e muito tem para ensinar? É o próprio Dr. Jardel quem dá a sua receita de sucesso: "... a receita pra quem está saindo hoje da Escola de Minas e vai disputar um espaço lá fora é muito simples: o sucesso não começa na Escola, mas muito antes, com a base familiar e um colegial bem sedimentado. Depois disso, é dedicar-se inteiramente aos ensinamentos da Escola. Sem base, nada é possível fazer".

Volta Redonda recebe projeto Caminhos Geológicos

O Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro inaugurou a primeira placa do Projeto Caminhos Geológicos em Volta Redonda, no Jardim Amália. Produzida em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPU) da cidade, a placa mostra a importância geológica do local, onde ocorrem sedimentos da Bacia Sedimentar de Volta Redonda, cuja história geológica é importante para desvendar a evolução da região sudeste do Brasil nos últimos 65 milhões de anos. O local, conhecido como Vale da Colina, é um condomínio onde estava prevista a construção de uma praça e aquele afloramento, de grande importância científica e didática, seria coberto com grama ou cimento pelo projeto inicial da prefeitura. Em cooperação com a UFRJ, houve a intervenção do DRM-RJ, mostrando ao município que aquele afloramento constitui-se em um dos Patrimônios Geológicos de Volta Redonda e merece ser preservado. A placa tem como tema "Por que este lugar é importante e merece ser protegido?", esclarecendo a população sobre o patrimônio geológico ali existente, em linguagem adequada. A cooperação do DRM-RJ e UFRJ com o IPPU e a prefeitura prevê, ainda, uma série de palestras para disseminação do conhecimento geológico para a comunidade local, que inclui os moradores, funcionários da Prefeitura, Associação de Moradores, escolas e demais interessados. A autoria é de Cláudio Limeira e Renato Ramos, professores da UFRJ e Museu Nacional/UFRJ, respectivamente; Kátia Mansur e Vitor Nascimento, geólogos do DRM-RJ; e da arquiteta Juliene de Paula, do IPPU, que é uma das responsáveis pelo projeto de urbanização da praça, a primeira construída tomando como base a conservação de um patrimônio geológico e buscando a inserção da geologia no espaço urbano, destacando-a como atributo para levar o conhecimento e importância da história geológica para a população. Além da sinalização da nova praça, três outros painéis do Projeto Caminhos Geológicos integram o catálogo do patrimônio histórico e cultural de Volta Redonda, apresentado no ano passado, no Espaço das Artes Zélia Arbex. Mais detalhes: kmansur@drm.rj.gov.br ou vnascimento@drm.rj.gov.br.

Fonte: Informativo DRM-RJ

Vale e Nisshin Steel fecham preço de referência do minério de ferro fino para 2008

A Companhia Vale do Rio Doce (Vale), maior produtora global de minério de ferro, concluiu a negociação do reajuste do preço de referência do minério de ferro fino para 2008 com a Nisshin Steel Co. (Nisshin Steel), siderúrgica japonesa.

Como resultado dessas negociações, o preço de referência para o minério de ferro fino do Sistema Sul (SSF), FOB Tubarão, aumentou em 65% em relação ao preço de referência de 2007. Ao mesmo tempo, devido à sua qualidade reconhecidamente superior, foi acordado que o preço de referência para o minério de ferro fino de Carajás (SFCJ) terá um prêmio de US$ 0,0619 por unidade de ferro acima do preço de 2008 para o SSF.

Os novos preços de referência, em tonelada métrica seca (dmt), são US$ 1,1898 por unidade de ferro para o SSF e US$ 1,2517 por unidade de ferro para o SFCJ.

Os preços para 2008 refletem a continuidade do excesso de demanda no mercado global de minério de ferro.

O acordo para o preço do minério de ferro com grandes empresas de alta qualidade e clientes tradicionais como a Nisshin Steel é uma evidência do nosso comprometimento com o sistema de preços de benchmark, respeitando a importância do relacionamento de longo prazo e a confiança envolvida nessas negociações.

A Vale reitera seu compromisso com os clientes, investindo montante substancial de recursos para aumentar sua capacidade de produção. Apesar da considerável alta de custos operacionais e de investimento, a Companhia foi capaz de expandir a produção de minério de ferro à taxa média anual de 14,1%, entre 2001 e 2007. Estamos investindo para aumentar a produção de minério de ferro de alta qualidade para atender às necessidades dos nossos clientes, tendo como meta alcançar capacidade de produção de 450 milhões de toneladas anuais ao final de 2012, que demandará a realização de significativos investimentos em novas minas e ampliação de nossas ferrovias e portos.

Estudo mostra como ação humana afetou oceanos

Um estudo sob forma de mapa, feito por cientistas dos EUA e divulgado na revista científica "Science", mostra que 41% da área dos oceanos de todo o mundo foram afetados, em menor ou maior grau, pela ação humana. O grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia sobrepôs dezessete mapas, com fatores como pesca, poluição e mudanças climáticas, e mostraram como eles impactaram ecossistemas como os recifes de corais, as colônias de algas marinhas, plataformas continentais e águas profundas.

Lideram os impactos o Mar do Norte, os Mares da China Oriental e Meridional, o Mar do Caribe, a costa leste da América do Norte, o Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Por outro lado, as áreas próximas aos pólos são as menos afetadas. Sobre o Brasil, o mapa revela que, em grande porção da costa brasileira, o impacto dos humanos é de médio para alto, faixa de impacto que pode variar de 4,95 até 8,47%. Felizmente, apesar do cenário revelado pela pesquisa - que tem tudo para ser referência no desenvolvimento de políticas ambientais e de exploração -, os cientistas sugerem que ainda há tempo para tentar preservar os oceanos.

Fonte: www.geologo.com.br

NOVELIS

Alto preço de energia no Brasil afetou a Novelis

Cerca de 80% da energia consumida no Brasil é gerada por usinas hidrelétricas, que dependem do volume de água de seus reservatórios. A falta de chuvas afeta diretamente a produção de energia elétrica do país.

O risco de um novo racionamento de energia elétrica no Brasil já começou a afetar a atividade industrial do país. O nível dos reservatórios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste está abaixo do nível de segurança, o que é preocupante para todos.

O mercado livre de energia apresentou grande aumento de preços no início de 2008, fato que já afetou as atividades da Novelis e de outras fábricas brasileiras, que iniciaram a diminuição de produção em função do custo.

A Novelis produz 60% da energia elétrica que consome, por meio de suas nove usinas. Os 40% restantes eram adquiridos no mercado e estavam sujeitos à alteração de preços. A principal medida da empresa para reduzir os impactos desse aumento foi o desligamento da linha de fornos da Redução II, unidade que consumia exatamente a energia comprada pela Novelis.

Com essa ação, a fábrica passa a ser auto-suficiente em geração de energia. "Tomamos essa medida para manter a competitividade dos nossos produtos", afirma Rui Oyama, gerente de fabricação da Novelis em Ouro Preto.

O desligamento da Redução II não significa o fechamento definitivo dessa linha. Os fornos podem ser religados quando o valor da energia elétrica tiver mais acessível no mercado.

A maioria dós funcionários que trabalhavam nesse setor foram relocados para outras áreas da fábrica. Outra medida tomada foi· a diminuição do número de terceirizados e de aposentados. Todas as medidas estão sendo tomadas para manter a competitividade da fábrica.

Fonte: Novelis Comunidade (ano 1- n. 3- 2008)

Escola de Minas

Cinqüentenário da criação do curso de Engenharia Metalúrgica

No ano passado, a Escola de Minas, por seu Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, comemorou o cinqüentenário da criação do curso de Engenharia Metalúrgica e organizou um evento para registrar essa importante data. O evento colocou, em destaque, o professor Joaquim Cândido da Costa Senna, personagem ímpar na história da Ciência e da Tecnologia no Brasil, possuidor de uma vibrante carreira profissional. Uma leitura rápida das anotações que registram fatos da sua vida é suficiente para compreender a dimensão social alcançada por aquele ex-aluno da Escola de Minas de Ouro Preto. Engenheiro, Governador do Estado de Minas Gerais, Professor e Diretor da Escola de Minas: funções que desempenhou simultâneamente e de forma integrada atestam um perfil profissional robusto. Durante as comemorações, destacou-se a participação de Costa Senna na organização das Exposições de Santiago do Chile (1894) e Turim(1911). Complementarmente, foi apresentado o periódico Brazilian Engineering and Mining Review editado e administrado por uma equipe de professores da Escola de Minas e que circulou durante vários anos divulgando as potencialidades do Brasil no campo da mineração e da metalurgia.

As comemorações aconteceram no Salão Nobre da Escola de Minas, na Praça Tiradentes, em uma Solenidade revestida de caráter acadêmico convencional, contando com a presença de representantes dos diferentes segmentos da Universidade, da Sociedade e de empresários do setor mínero-metalúrgico (Novelis, Samarco Mineração S. A. e Votorantim Metais, etc.).

Três palestras foram apresentadas no evento: A trajetória de Joaquim Cândido da Costa Sena: educador, pesquisador e político e A Metalurgia e a Mineração no Brasil nas páginas do Brazilian Engineering And Mining Review, ambas apresntadas pelo historiador Paulo Coelho Mesquita Santos. A terceira palestra foi realizada pelo geólogo Jones Belther (diretor de Exploração Mineral da Votorantim Metais Ltda), que traçou o perfil da Economia Mineral e os planos de investimentos da empresa para os próximos anos.

VM expande operações com participação em fábrica de aço na Argentina

A Votorantim Metais adquiriu participação de 27% na AcerBrag, a segunda maior produtora de aços longos da Argentina com 25% do mercado. A empresa produz anualmente 250 mil toneladas de vergalhões, barras, arames, telas e fio-máquina. Com unidade fabril no município de Bragado, a 210 km de Buenos Aires, a AcerBrag emprega 495 pessoas diretamente.

"A diversificação do portfólio, bem como a diversificação geográfica dos negócios, é uma característica do Grupo e, também, uma de nossas principais vantagens competitivas", destaca Carlos Ermírio de Moraes, presidente do Conselho da Votorantim Participações. "Trata-se de um ativo de ótima qualidade e a participação acionária, nesse tipo de empreendimento, é estratégica para o crescimento do Grupo Votorantim", ressalta.

O diretor-superintendente da Votorantim Metais, João Bosco Silva, explica que a AcerBrag possui uma planta moderna e competitiva, que a posiciona como o segundo maior produtor de aços longos da Argentina. "A Votorantim Metais atuará como sócio estratégico junto aos atuais controladores buscando oportunidades de desenvolvimento e crescimento junto da empresa", acrescenta o executivo. "O ativo é importante pelo próprio mercado argentino de aço que vem se desenvolvendo com taxas de crescimento de 5% ao ano nos últimos 10 anos."

Luisa Vara, presidente da AcerBrag, implementou um importante plano de investimentos a partir do momento em que os atuais acionistas adquiriram a planta. A empresa foi modernizada e transformou-se na mais produtiva do mercado argentino, posicionando-se na vanguarda tecnológica na América Latina em aços longos para a construção. AcerBrag tem um faturamento anual que supera US$ 130 milhões.

"A alta concentração e volatilidade do setor do aço, que atravessa uma onda de fusões, aquisições e acordos estratégicos, levou os acionistas a realizar ações que permitirão explorar com melhores possibilidades o bom momento que vive o setor. A busca de um sócio estratégico foi decidida mediante uma seleção cuidadosa em razão de suas características e potencialidades", afirma.

A capacidade produtiva de aço da Votorantim Metais é de 1 milhão de toneladas anuais, considerando as operações no Brasil e na Colômbia. Como a empresa possui ainda projeto para construção de uma siderúrgica no Brasil, com capacidade para 1 milhão de toneladas de aço por ano, no município de Resende (RJ), a partir de 2009 a empresa produzirá 2 milhões de toneladas de aço por ano.

Vale prestes a oferecer US$ 88,4 bi por Xstrata

Oitenta e oito bilhões e quatrocentos milhões de dólares. Por extenso, que é para dar mais impacto: este é o valor que, segundo o jornal inglês "Times", a Vale do Rio Doce se prepara para oferecer pela suíça Xstrata. Isso se traduz em uma cotação de £ 48 por ação, um prêmio de mais de 20% sobre o atual preço em bolsa da empresa. Segundo o periódico britânico, executivos da Vale se encontraram em Londres esta semana com o chefe da Glencore, Ivan Glasenberg, que defende a troca de sua participação por uma fatia na Vale depois da combinação.

Ao mesmo tempo, o executivo negocia a manutenção de direitos de consultoria e marketing que a Glencore tem com a Xstrata - a Glencore é a maior operadora de metais do mundo, estando muito bem posicionada para oferecer consultoria à Xstrata sobre como estabelecer preços em acordos com compradores de seus produtos, como se tem notado nesta negociação.

Fonte: www.geologo.com.br

Pânico faz cotação da platina passar de US$ 2000

A cotação da platina bateu novo recorde na última sexta-feira, quando subiu pelo décimo segundo dia consecutivo, graças a problemas no fornecimento do metal por parte de seu maior produtor, a África do Sul, o que levou a um verdadeiro pânico no mercado, com investidores de todos os tipos partindo para as compras.

Com isso, a onça da platina no mercado spot chegou a valer US$ 2.060 durante um determinado pregão, caindo para US$ 2.055 ao final daquele dia. A África do Sul vem sendo castigada pela escassez de energia elétrica, o que prejudica sua produção mineral de vários artigos; o país é responsável por 80% da platina produzida no mundo. O mercado estima que, quando a situação no país voltar à normalidade, o preço da onça da platina volte a uma faixa de US$ 1.800, embora o déficit na produção possa ser mais sério do que se pensa até o momento.

Fonte: www.geologo.com.br

Opep reduz previsão de demanda por petróleo em 2008

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo reduziu seus cálculos de demanda do petróleo nesse ano, considerando uma desaceleração da economia mundial e invernos menos rigorosos no Pacífico norte. Em seu relatório mensal, o cartel prevê que a demanda de petróleo em todo o planeta será de 86,99 mbd esse ano, 1,43% a mais que em 2007; a previsão anterior era de crescimento de 1,52%, e esses 0,09% representam 80 mil barris diários consumidos a menos.

Fonte: www.geologo.com.br

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    05 Maio 2008
  • Data do Fascículo
    Mar 2008
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