Acessibilidade / Reportar erro

Considerações acerca das formas tradicionais e recursos computacionais para a representação do projeto

Resumos

O objetivo desse trabalho é aprofundar as discussões acerca de reflexões decorrentes da dissertação de mestrado de um dos seus autores (Borges, 1998). Tais reflexões estão relacionadas à utilização da linguagem gráfica como instrumento fundamental nos processos de criação e de tradução de soluções de projeto. A principal contribuição está relacionada à estruturação de um quadro de referência que articula as formas de concepção e representação do projeto arquitetônico com as etapas de sua progressão. Como conseqüência dos estudos realizados, são apresentadas as diretrizes para continuidade da pesquisa, algumas experiências já em andamento e os reflexos verificados nos processos de ensino e aprendizagem de disciplinas relacionadas à representação gráfica na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Linguagem gráfica; Projeto; Representação


This work stress the discussions related to the studies developed in the master degree thesis of one of its authors (Borges, 1998). These studies are related to the use of the graphic language as a fundamental mean for the conception and representation of architectural designs. In that sense it is proposed a framework for the linkage of the types of graphic representation with the steps of the design progression. The results of the studies are presented as ongoing experiences, directions for the continuity of the research and reflections on the teaching and learning process in disciplines related to the graphic representation in the courses of the Federal University of Juiz de Fora.

Graphic Language; Design; Representation


Expressão Gráfica e Projetos de Engenharia,

Arquitetura e Desenho Industrial

Considerações acerca das formas tradicionais e recursos computacionais para a representação do projeto

Marcos Martins Borges

Departamento de Fundamentos de Projeto, UFJF

Praça Jarbas de Lery Santos, No. 11 Apt. 301,

São Mateus, Juiz de Fora-MG.

CEP: 36016-390. E-mail: borges@artnet.com.br

Ricardo Manfredi Naveiro

Área de Inovação Tecnológica e Organização Industrial

Programa de Engenharia de Produção - COPPE/UFRJ

E-mail: ricardo@pep.ufrj.br

Resumo

O objetivo desse trabalho é aprofundar as discussões acerca de reflexões decorrentes da dissertação de mestrado de um dos seus autores (Borges, 1998). Tais reflexões estão relacionadas à utilização da linguagem gráfica como instrumento fundamental nos processos de criação e de tradução de soluções de projeto. A principal contribuição está relacionada à estruturação de um quadro de referência que articula as formas de concepção e representação do projeto arquitetônico com as etapas de sua progressão. Como conseqüência dos estudos realizados, são apresentadas as diretrizes para continuidade da pesquisa, algumas experiências já em andamento e os reflexos verificados nos processos de ensino e aprendizagem de disciplinas relacionadas à representação gráfica na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Palavras-chave: Linguagem gráfica, Projeto, Representação.

Abstract

This work stress the discussions related to the studies developed in the master degree thesis of one of its authors (Borges, 1998). These studies are related to the use of the graphic language as a fundamental mean for the conception and representation of architectural designs. In that sense it is proposed a framework for the linkage of the types of graphic representation with the steps of the design progression. The results of the studies are presented as ongoing experiences, directions for the continuity of the research and reflections on the teaching and learning process in disciplines related to the graphic representation in the courses of the Federal University of Juiz de Fora.

Key words: Graphic Language, Design, Representation.

Introdução

O presente trabalho é decorrente dos estudos apresentados na dissertação de mestrado de um de seus autores (Borges, 1998). Nessa dissertação, apresenta-se a articulação das formas de representação do projeto com as etapas de sua progressão. O interesse pelo estudo se originou da constatação de que a linguagem gráfica, apesar de ser um instrumento de uso intenso por parte dos profissionais das áreas de projeto, não é considerada como objeto de estudo pela maioria destes, ou seja, arquitetos e projetistas são bastante familiarizados com o desenho e a representação gráfica do projeto, de forma bastante intuitiva e natural, porém, freqüentemente, não conseguem responder a questões tais como: qual a função do desenho na produção arquitetônica? Ou, que impacto diferentes construções gráficas ou tipologias de representação têm nos métodos e nos resultados de um projeto? (Fraser & Henmi, 1994).

Tais estudos se iniciaram a partir da elaboração de um artigo publicado na revista GRAF&TEC da Associação Brasileira de Expressão Gráfica (ABEG). No referido artigo, procurou-se analisar os aspectos relacionados às formas de representação do projeto e à própria natureza do projeto (Naveiro & Borges, 1997). A partir da publicação desse artigo, foi desenvolvida a citada dissertação de mestrado, a qual apresentou, como principal contribuição, um mapeamento inicial dos tipos de linguagem gráfica mais comumente utilizados em cada etapa do desenvolvimento de projetos arquitetônicos, resultando na estruturação de um quadro de referência, onde os tipos de linguagem gráfica podem, basicamente, ser divididos em dois grandes grupos: Instrumento de Concepção e Instrumento de Tradução.

Formas de Concepção e Representação do Projeto

Consideram-se as formas de concepção e representação do projeto, isto é, diagramas, esboços, desenhos, mapas, gráficos e até anotações escritas, como representações externas ao pensamento do projetista. Essas representações externas são utilizadas, não apenas como auxiliares da memória, mas também como facilitadores de tarefas de projeto, como, por exemplo, a verificação do atendimento a condicionantes, a compreensão do problema e a própria busca de soluções através da geração e registro de alternativas para posterior avaliação, confrontação e refinamento (Suwa & Tversky, 1997).

Essas funções facilitadoras atribuídas às representações externas ou às formas de concepção e representação do projeto se originam, além do próprio ato de sua execução, da interação entre a representação e os processos cognitivos de sua interpretação. Os esboços e croquis dos arquitetos representam um bom exemplo dessa interação. O registro de idéias colocadas no papel permite ao projetista a sua análise. À medida que analisam e interpretam seus próprios esboços, arquitetos e projetistas conseguem visualizar relações espaciais e formais não previstas, além de outros fatores relacionados ao objeto em estudo. Esse procedimento sugere caminhos para o refinamento e a revisão das idéias iniciais (Suwa & Tversky, 1997).

O gráfico da Figura 01 representa esse ciclo inicial, onde a interação entre as idéias na mente do projetista, o seu registro em um meio qualquer e sua interpretação caracterizam-se como a etapa inicial de ideação, objetivando-se, não só a criação e geração de alternativas, mas também a estruturação e compreensão do problema.

Figura 01
- Ciclo, esboço, análise e revisão (Fonte: adaptado de Barr & Juricic, 1994).

Alguns autores, como Goldsmith (1994), sugerem que, além de sua função de representação ou externalização de imagens concebidas mentalmente, os esboços iniciais de arquitetos e projetistas também atuam como instrumento de geração de novas idéias, ou seja, croquis executados de forma aleatória, sem uma intenção prévia de representação de alguma idéia ou conceito, podem vir a gerar representações de soluções inicias para um determinado problema.

A proposta de classificação apresentada a seguir baseia-se em categorizações sugeridas por diversos autores como Fraser e Henmi (1994), Porter (1997), Ferguson (1992), entre outros. Essas classificações serão apresentadas e comentadas, objetivando-se o entendimento do papel de cada tipo de representação em função do seu emprego em determinada etapa da progressão do projeto.

Desenhos de referência

Os desenhos de referência são representados por anotações gráficas ou registros sobre objetos, edificações ou paisagens já existentes. Esses registros auxiliam na estruturação de uma base de conhecimentos interna, representados por volumes, formas, cores, texturas, etc., que são utilizados pelo projetista no seu processo criativo, principalmente nas fases preliminares de concepção do artefato. Normalmente, esses registros se apresentam sob a forma de esboços rápidos, executados à mão livre, e que não necessitam de um vínculo direto com algum projeto a ser desenvolvido. O ato de desenhar o que já existe possibilita também ao projetista uma compreensão mais profunda do objeto observado, permitindo seu registro na memória de forma mais permanente.

Diagramas

Pode-se considerar o uso de diagramas como uma forma de exclusão de informações consideradas irrelevantes num dado momento.

Porter (1997), classifica os diagramas como instrumentos de concepção de idéias arquitetônicas, denominando-os de diagramas conceituais. Para o autor, o momento em que uma idéia é transferida da mente do projetista para uma forma externa qualquer, representa um ponto crítico no ciclo de vida do projeto arquitetônico. Assim, são classificados os tipos de diagrama de acordo com o seu potencial de auxílio ao processo de tomada de decisão, conforme apresenta-se a seguir.

Diagramas esquemáticos ou sintéticos - Configuram-se como desenhos simplificados de um conceito, que exploram as relações e orientações de seus componentes físicos. Funcionam como auxiliares ao projetista na articulação de formas físicas que se relacionam a parâmetros específicos como ventilação, insolação, posicionamento de vistas, entre outros. Esses tipos de diagrama geralmente incorporam o uso de símbolos gráficos que traduzem as idéias subjacentes relativas a esses parâmetros, utilizando-se, normalmente, de projeções ortográficas para a sua representação.

Diagramas operacionais - São exemplos de modelos conceituais que auxiliam os projetistas na tarefa de visualização de transformações ao longo do tempo. Os mecanismos de um conceito podem ser compreendidos através da construção de vistas explodidas ou desenhos transparentes, com a utilização de esboços rápidos em perspectiva, explicando como os elementos podem ser manipulados e transformados.

Diagramas funcionais - Identificam a proximidade e o tamanho relativo de zonas de atividade. São mais bem conhecidos como diagramas de bolhas e normalmente, representam uma planta baixa de forma bastante embrionária. O posterior desenvolvimento desse tipo de diagrama pode gerar uma planta baixa com mais informação agregada, apresentando-se como um bom exemplo de transição da fase topológica para a fase geométrica da progressão do projeto.

Diagramas de fluxo - São usados, freqüentemente, para o estudo de fluxos, considerando suas direções, intensidade, conflitos, entre outros aspectos. Exemplos desses fluxos são o movimento de pedestres, veículos, informação, entre outros. Pode-se verificar também a sua utilização sobre desenhos previamente executados, normalmente plantas baixas ou seções de uma edificação.

Diagramas analíticos - São úteis para a visualização e identificação de condicionantes de projeto, através da investigação da natureza das condições existentes, como, por exemplo, as restrições relativas ao sítio da construção.

Desenhos para projetação

Os desenhos usados para a projetação, na fase de definição e desenvolvimento dos princípios de solução, são executados, principalmente, como forma de estudar a arquitetura, encontrar e testar idéias e desencadear e desenvolver o processo criativo de forma inventiva e especulativa. São usados, nessa fase, diferentes tipos de linguagem gráfica, desde croquis mais rústicos e livres até desenhos com maior grau de precisão e com a utilização de instrumentos. Apesar dessa diversidade de formas de expressão, a sua função é caracterizada como um meio de descoberta de caráter pessoal.

Desenhos para apresentação

São utilizados para a apresentação e visualização das soluções de projeto, servindo, não só como forma de comunicação com o cliente, mas também como um recurso para o projetista ou equipe avaliarem o resultado da proposta. Esse tipo de apresentação pode estar vinculado à etapa de anteprojeto, onde ainda podem ocorrer modificações na proposta apresentada, ou fazer parte da documentação final. Nesse caso, o principal objetivo é apresentar a aparência da edificação após a construção, objetivando um público-alvo mais abrangente, numa forma de comunicação interpessoal.

Proposta para um quadro de referência

Considerando as análises realizadas, procurou-se estruturar e sintetizar essas diversas abordagens através da formulação de um quadro de referência, a partir da verificação das diferentes atividades relacionadas ao fluxo de informações e às formas de representação do projeto ao longo de sua progressão. Dessa forma, pretende-se a elaboração de uma base conceitual que contribua para o desenvolvimento de pesquisas relacionadas à integração do processo projetivo em arquitetura e engenharia e ao melhor entendimento dos processos cognitivos atuantes na atividade de projetação, através do estudo da utilização das representações externas pelos projetistas. Também, propõe-se o estabelecimento de uma nomenclatura que procure sintetizar as diversas análises realizadas anteriormente, situando-as em relação à progressão do projeto.

Tal quadro de referência é apresentado na Figura 02, juntamente com a proposta de nomenclatura que será apresentada a seguir. Esse gráfico apresenta a estrutura básica da proposta, a partir da qual podem ser contextualizados os diversos aspectos relacionados às formas de concepção, representação e comunicação, presentes no processo de projeto, além da estrutura de sua progressão e as tarefas de projeto.

Figura 02
- Contextualização das formas de concepção e representação do projeto. (Fonte: os autores).

Nesse gráfico, a direção horizontal representa a progressão do projeto no tempo e o nível de informação e definição agregada às representações externas, observando-se que a busca de soluções para a definição das características de um artefato quase sempre se inicia a partir de uma determinada quantidade de informação inicial. A direção vertical incorpora as etapas da progressão do projeto, a fase descritiva, topológica e geométrica, definidas por Jakobsen (1985), e o tipo de representação externa, desde a dimensão analítica e intangível, até a dimensão física de caráter mais tangível.

No que se relaciona às etapas da progressão do projeto, observa-se o seu caráter cíclico pela possibilidade de retorno a etapas iniciais sempre que se verificam incompatibilidades nas soluções propostas ou algum outro tipo de indefinição. Nesse sentido, pode-se visualizar essa progressão como uma espiral cíclica evoluindo em direção a proposta final para o problema. Dessa forma, apresenta-se, na Figura 02, a proposta de contextualização das formas de concepção e representação do projeto, de acordo com a etapa em que é mais freqüente a sua utilização.

Proposta de nomenclatura

Apresenta-se, nessa seção, uma proposta de nomenclatura para as formas de concepção e representação do projeto, objetivando-se a padronização dos conceitos subjacentes às análises realizadas. Dessa forma, pretende-se que a nomenclatura proposta permita a estruturação de um quadro de referência único, possibilitando, entre outros aspectos, o estabelecimento de uma linguagem comum e de uma base conceitual para o desenvolvimento de pesquisas acerca dos temas analisados.

Representações externas TOPOLÓGICAS - Referem-se a todas as formas diagramáticas de representação utilizadas por projetistas como forma de criação, análise, estruturação do problema, construção de bases de conhecimento acerca da proposta, entre outros aspectos. Essas formas de representação se caracterizam pela utilização de diagramas de diversos tipos, que podem incorporar, ou não, a forma geométrica embrionária do objeto em estudo.

Representações externas ESPECULATIVAS - Apresentam-se como instrumentos fundamentais para a geração de alternativas ao problema proposto, atuando de forma semelhante às representações externas topológicas. Entretanto observa-se, nesses tipos de representação, a incorporação das características geométricas e formais acerca do artefato sendo projetado. Observa-se, também, que, freqüentemente, as formas geométricas subjacentes presentes nos diagramas são recuperadas pelas representações especulativas.

Representações externas COMUNICATIVAS - Podem ser consideradas como a consolidação dos princípios de solução para o problema proposto. Seus objetivos se configuram como a tradução e a comunicação desses princípios de solução para um público-alvo abrangente. Pode-se, também, considerar duas dimensões para esse tipo de representação relacionado a essa comunicação de informações. A primeira estabelece a comunicação em um nível interno, dentro de uma equipe de projeto ou entre equipes interdisciplinares de projeto. A segunda se presta à comunicação entre as equipes de projeto e um público-alvo não especializado, representado pelos clientes e público em geral, caracterizando-se como um tipo de comunicação externa.

Representações externas PRODUTIVAS - São geralmente traduzidas pela descrição completa do artefato ou edificação, elaboradas de acordo com padrões e normas técnicas predefinidas, objetivando, fundamentalmente, a viabilização da produção ou construção do objeto idealizado.

Observa-se que os dois primeiros tipos - topológicos e especulativos - assumem características de instrumentos de concepção e criação do objeto arquitetônico ou do artefato industrial. Os outros dois - comunicativos e produtivos - se apresentam como instrumentos para a tradução de soluções geradas pelos tipos anteriores. Verifica-se a importância dessa divisão pelo fato de que as representações externas, consideradas como instrumentos de criação, se configuram como objeto principal no desenvolvimento de pesquisas acerca dos processos cognitivos atuantes na atividade projetual.

Considerações finais

Verificou-se, através da revisão bibliográfica e das análises realizadas, a existência de várias lacunas em relação às questões acerca da natureza do projeto e das funções e objetivos das formas de representação externa ao pensamento dos projetistas. Esses espaços de estudo em aberto se relacionam, entre outros aspectos, à compreensão dos processos cognitivos de alto nível que ocorrem durante as atividades de projetação. Dessa forma, os estudos realizados indicaram que umas das direções de pesquisas que permitirão o preenchimento dessas lacunas apontam para as questões vinculadas às funções indutivas da linguagem visual no processo de projeto, através de metodologias como a análise de protocolos e a análise retrospectiva.

Dessa forma, esse trabalho pretende ter contribuído nessa direção, através do estabelecimento do quadro de referência para os objetivos e funções das formas de concepção e representação do projeto. Em resumo, essas contribuições podem se apresentar como referências para a observação de como os projetistas desenvolvem suas tarefas de projeto, considerando, tanto os métodos tradicionais, quanto o suporte informatizado. Com isso, ressalta-se que as pesquisas devem se focar, fundamentalmente, nas etapas iniciais da progressão do projeto, onde acontece o processo criativo e levando-se em conta que, de certa forma, o uso de métodos tradicionais em etapas mais avançadas do processo de projeto já se encontra superado pela introdução de recursos informatizados, representados pela Tecnologia CAD, Computação Gráfica e Tecnologia da Informação.

Artigo recebido em 06/11/2000.

  • BORGES, M. M. A Projetação e as formas de representação do projeto, COPPE/UFRJ, 1998. (Dissertação de Mestrado).
  • FERGUSON, E. S. Engineering and the mind's eye Massachusetts: The MIT Press, 1993.
  • FRASER, I., HENMI, R. Envisioning architecture: an analysis of drawing, New York: Van Nostrand Reinhold, 1994.
  • GOLDSCHIMIDT, G. On visual design thinking: the vis kids of architecture, Design Studies, Butterworth-Heinemann Ltd., v. 15, n. 2, p. 158-174, 1994.
  • NAVEIRO, R. M., BORGES, M. M. Projetação e formas de representação do projeto, Revista Graf&Tec, Florianópolis: UFSC. v. 2, n. 1, p. 39-56, 1997.
  • PORTER, T. The architects eye: visualization and depiction of space in architecture London: Chapman & Hall, 1997.
  • SUWA, M., TVERSKY, B. What do architects and students perceive in their design sketches? A protocol analysis, Design Studies, Oxford: Elsevier Science Ltd., v. 18, p. 385-403, 1997.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Ago 2003
  • Data do Fascículo
    Mar 2001

Histórico

  • Recebido
    06 Nov 2000
Escola de Minas Rua Carlos Walter Marinho Campos, 57 - Vila Itacolomy, 35400-000 Ouro Preto MG - Brazil, Tel: (55 31) 3551-4730/3559-7408 - Ouro Preto - MG - Brazil
E-mail: editor@rem.com.br