Acessibilidade / Reportar erro

AS POLÍTICAS QUEER DE MIGRAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE "ILEGALIDADE" E INCORRIGIBILIDADE

The Queer Politics of Migration: Reflections on “Illegality” and Incorrigibility

Resumo

A expressão2 2 A REMHU publica este artigo, por sugestão e autorização do Autor, com tradução própria. O original foi publicado com o título “The Queer Politics of Migration: Reflections on ‘Illegality’ and Incorrigibility” na revista Studies in Social Justice, Volume 4, Issue 2, 101-126, 2010. Diferentemente das normas editoriais da REMHU, este artigo é publicado com as notas de rodapé conforme o texto se apresenta na primeira publicação, em inglês, mantendo o sistema autor-data, os itálicos do texto original, assim como o formato das referências bibliográficas. de maior ressonância das mobilizações, verdadeiramente sem precedentes, de imigrantes nos Estados Unidos em 2006 foi uma proclamação em massa de rebeldia coletiva: ¡Aquí estamos y no nos vamos! Este mesmo slogan foi frequentemente acompanhado por uma afirmação ainda mais vigorosa, incorrigível: ¡Y si nos sacan, nos regresamos! É impressionante e, como este ensaio sustenta, não apenas provocativo, mas até genuinamente produtivo notar a afinidade entre a articulação fundamental dessa política radicalmente aberta de presença migrante com as políticas abjetas semelhantes e profundamente desestabilizadoras da presença queer. De maneira muito semelhante ao slogan: “Nós estamos aqui, nós somos queer, acostume-se com isso!”, a proclamação dinâmica dessas frases no contexto das mobilizações de massa de migrantes comprova um espírito irredutível de irreverência e desafeição em relação ao poder do Estado. Ambos os gestos, sem restrições e sem remorsos, não atestam somente sua irreversível presença, mas sustentam também o desafio intransigente de sua intrínseca incorrigibilidade3 3 Sou verdadeiramente grato a Tanya Basok por me convidar a contribuir para esta edição da SSJ; sem a sua iniciativa editorial, eu, talvez, não teria tido a oportunidade de desenvolver os pensamentos apresentados neste ensaio. Esboços anteriores foram apresentados ao público acadêmico e a ativistas em Roma, Bolonha e Amsterdam. Devo uma nota de agradecimento também para Nina Trige Andersen, Sébastien Chauvin, Ayça Çubukçu, Paul Mepschen, Sandro Mezzadra, Enrica Rigo, Maria Vittoria Tessitore e Bertil Videt pelos seus vários papéis nessas ocasiões. Recebi muitas críticas bem pertinentes de Ayça Çubukçu, Ramón Gutiérrez, Engin Isin, Naledi Nomalanga Mkhize e Nathalie Peutz, que têm desafiado e enriquecido meu pensamento neste ensaio. Também tenho uma nota de agradecimento aos vários colegas e alunos cuja teoria e prática têm me ajudado, de várias formas ao longo dos anos, a chegar às ideias presentes, especialmente: Alejandro Amezcua, Rutvica Andrijasevic, Adriana Garriga-López, Amanda Gilliam, Marcial Godoy, María Lugones, Sofian Merabet, Sandro Mezzadra, Dimitris Papadopoulos, Joshua Price, e Marie Varghese. .

Palavras-chave
migração irregular; guerra contra o terrorismo; deportação/deportabilidade; políticas de mobilidade; políticas de presença

Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios SRTV/N Edificio Brasília Radio Center , Conj. P - Qd. 702 - Sobrelojas 01/02, CEP 70719-900 Brasília-DF Brasil, Tel./ Fax(55 61) 3327-0669 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: remhu@csem.org.br