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Rendimentos e custo unitário real do trabalho no agronegócio brasileiro

Resumo

Este estudo avalia, com foco no agronegócio, as interações entre a renda do trabalho por trabalhador (PWLI), a produtividade e os custos unitários reais do trabalho, bem como a relação entre os preços relevantes para empregados (IPCA) e empregadores (deflatores do PIB) no setor. Para isso, foi necessário calcular as produtividades do trabalho do agronegócio e seus segmentos para o período de 2004 a 2015. Verificou-se que o distanciamento entre deflator do PIB e IPCA não teve papel preponderante para mitigar o efeito do crescimento da PWLI, de 3,81% a.a., sobre o custo unitário real do trabalho (CURT), que aumentou apenas 0,21% a.a. O CURT foi contido por ganhos de produtividade no setor, impulsionados principalmente pela agropecuária. Sem esses aumentos de produtividade, o CURT teria aumentado 3,7% a.a., inviabilizando os ganhos simultâneos de empregadores e empregados do agronegócio. O resultado do segmento primário se destacou: mesmo com aumento de 4,07% a.a. na PWLI, o crescimento anual de 7,24% da produtividade implicou em redução média anual do CURT (2,56%); sem esse significativo crescimento da produtividade, o aumento da PWLI teria impulsionado o CURT, que teria crescido 4,7% a.a.

Palavras-chave:
agronegócio; produtividade do trabalho; custo unitário do trabalho; preços relativos


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