Resumo
Objetivo:
analisar a distribuição espacial e a tendência temporal de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Saúde Suplementar no Brasil.
Métodos:
estudo ecológico realizado nas 27 Unidades da Federação (UFs); utilizaram-se dados das categorias dos médicos, cirurgiões-dentistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, nos anos de 2005 a 2016, coletados do Departamento de Informática do SUS (Datasus); empregou-se regressão de Prais-Winsten para avaliar a tendência temporal.
Resultados:
evidenciou-se tendência crescente de recursos humanos para a Saúde Suplementar em todas as categorias profissionais, com incremento anual médio de 0,054 (IC95%: 0,031;0,076); para o SUS, observou-se crescimento dos cirurgiões-dentistas e técnicos de enfermagem, com incrementos anuais de 0,008 (IC95%: 0,003;0,011) e 0,066 (IC95%: 0,022;0,087), respectivamente, enquanto na maioria das UFs, enfermeiros apresentaram tendência estacionária, e médicos, tendência estacionária ou decrescente.
Conclusão:
evidenciaram-se desigualdades na distribuição de recursos humanos, um reflexo da crise do sistema de saúde.
Palavras-chave:
Sistema Único de Saúde; Saúde Suplementar; Recursos Humanos; Mapeamento Geográfico; Estudos Ecológicos; Estudos de Séries Temporais