Resumo
Objetivo
Analisar a concordância/discrepância entre autoimagem corporal e classificação do índice de massa corporal (IMC), segundo tipo de alimentação e influências do ambiente.
Métodos
Análise transversal de 195 crianças pré-púberes (≥5 anos), atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS), Manguinhos, Rio de Janeiro, Brasil. O IMC foi classificado conforme escore-z. Avaliou-se a autoimagem pela escala de silhuetas para crianças. Estimou-se a associação entre as covariáveis e subestimação/superestimação do IMC em relação à autoimagem, em modelo multinomial.
Resultados
Crianças com sobrepeso subestimaram seu IMC, em comparação com a autoimagem, em maior proporção (58,6%) que aquelas com obesidade (22,0%) ou com eutrofia (49,0%). Essa dissociação correlacionou-se com a participação no programa de transferência de renda (RC=2,01 - IC95% 1,04;3,90) e com o consumo diário de alimentos açucarados (RC=3,88 - IC95% 1,05;14,39).
Conclusão
A subestimação do IMC entre as crianças com excesso de peso deve ser considerada pela APS, visando aperfeiçoar as práticas de intervenção.
Palavras-chave:
Imagem Corporal; Obesidade Infantil; Índice de Massa Corporal; Atenção Primária de Saúde; Estudos Transversais