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Atividade lítica de células natural "killer" durante a infecção pelo HIV-1 em indivíduos brasileiros

As células "natural killer" são consideradas importante componente da resistência inata às viroses, mas seu papel na infecção pelo HIV é controverso. Alguns investigadores verificaram que as células "natural killer" não possuíam qualquer efeito protetor durante a progressão para doença, enquanto outros têm mostrado que as mesmas podem ser protetoras e retardar a progressão para doença, tanto devido à sua ação lítica como pela supressão por quimocinas. Em nosso estudo, analisamos as alterações funcionais na atividade durante infecção pelo HIV-1 usando ensaio com células K562 como alvo. Os resultados mostraram que a atividade "natural killer" está diminuída somente nas fases mais avançadas da doença e somente quando foi utilizar um número elevado de (40:1) células efetoras-alvos. A diminuição da atividade neste estágio da doença pode estar relacionada com a imunossupressão grave; a presença de alguns fatores virais, como a gp120 e gag, que interferem como a capacidade de ligação das células "natural killer"; ou a redução da produção de citocinas que estimulam a atividade "natural killer", como IFN-a e IL-12, por monócitos, uma subpopulação de células que são afetadas somente nos estágios mais avançados da infecção HIV. Assim, fica sugerido que a diminuição da atividade "natural killer" pode contribuir para alterações no sistema imune de pacientes nas fases avançadas da infecção HIV.

Infecção pelo HIV; Células "natural killer"


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