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Hipertireoidismo Congenital

Relata-se necropsia de natimorto com hipertireoidismo congênito, filho de mãe portadora de doença de Graves não tratada, que teve como causa de óbito insuficiência cardíaca congestiva. Os achados fundamentais foram vistos no crânio, tireóide coração e placenta. As suturas cranianas encontravam-se fechadas, com acavalgamento dos ossos cranianos. A tireóide apresentava aumento de volume e congestão sangüinea intensa e, histologicamente, os folículos mostravam hiperatividade. O coração estava aumentado de volume, amolecido, com cavidades dilatadas e sufusões hemorrágicas no epicárdio. A placenta apresentava infartos que acometiam menos de 20% da superfície placentária e os vasos do cordão umbilical encontravam-se completamente expostos por diminuição da geléia de Warton. O hipertireoidismo ficou comprovado pelos dados clínicos maternos, os achados fetais de exoftalmia, craniosinostose prematura e bócio com sinais de hiperatividade folicular. A craniosinostose é causada pela ação anabólica dos hormônios tireoidianos na formação óssea, nos estágios iniciais do desenvolvimento. O início tardio do tratamento no presente caso contribuiu para severidade do hipertireoidismo fetal e óbito.

Hipertireoidismo congênito; Doença de Graves; Tireóide; Graniosinostose; Necropsia


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