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Baixos níveis de glicemia e outras complicações durante suplementação de hormônio do crescimento na sepse

O perfil glicêmico esperado em pacientes pós-operatórios sépticos recebendo nutrição enteral de elevado teor calórico é de valores sanguíneos no limite superior do normal ou mesmo hiperglicemia moderada.A adição de hormônio do crescimento (GH) como agente anabólico deveria reforçar ainda mais esta tendência.Num paciente com câncer submetido a gastrectomia parcial e linfadenectomia, que se complicou no pós operatório com abscesso subfrênico e sepse prolongada, administrou-se conjuntamente dieta de sonda (38,3 kcal/kg/dia) e GH (0,17 UI/kg/dia).Antes da introdução de GH as taxas glicêmicas situavam-se nos limites inferiores do normal, e esta tendência persistiu durante a maior parte do período terapêutico.Duas complicações adicionais, nominalmente parada cardíaca e edema periférico, foram documentadas nesta mesma etapa.Conclui-se que a sepse é o mais provável mecanismo de redução da glicemia neste caso, e que o emprego de dieta enteral e de GH não conseguiu prevenir tal efeito.É questionável se a parada cardíaca foi devida ao suplemento hormonal, mas o edema periférico é um secundarismo bem conhecido deste agente em estudos clínicos.

Hormônio do crescimento; Nutrição enteral; Hipoglicemia; Sepse; Edema periférico


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