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Biópsia de massas mediastinais guiadas por tomografia computadorizada: agulhas finas versus cortantes

OBJETIVO: Apresentar a experiência de um serviço de radiologia na prática de punções biópsias de massas mediastinais guiadas por tomografia computadorizada com agulhas finas ou cortantes, descrevendo as diferenças entre elas. Os resultados referentes a material suficiente e diagnóstico histológico são apresentados de acordo com o tipo de agulha utilizado. MÉTODOS: Apresentamos um estudo retrospectivo de biópsias mediastinais guiadas por tomografia computadorizada realizadas em nosso hospital no período de janeiro de 1993 a dezembro de 1999. Oitenta e seis pacientes foram submetidos a biópsia mediastinal neste período, sendo 37 realizadas com agulhas cortantes, 38 com agulhas finas e 11 com ambas, (total de 97 biópsias). RESULTADOS: Na maioria dos casos foi possível se obter material adequado (82.5% ) e diagnóstico específico (67 %). As agulhas cortantes apresentaram maior porcentagem de material suficiente (89.6% versus 75,5%, P=0,068) e de diagnóstico específico (81,3% versus 53,1%, p=0,003 ) do que as agulhas finas. Não houveram complicações que requisessem intervenção em nenhum dos grupos. CONCLUSÃO: Pela praticidade, segurança e grande probabilidade de diagnóstico acurado sem procedimentos mais invasivos, as biópsias guiadas por imagem devem ser consideradas como a primeira etapa na investigação de massas mediastinais. Pela nossa experiência as agulhas cortantes fornecem material de maior qualidade e maior taxa de diagnóstico. Nós recomendamos o uso das agulhas cortantes como procedimento preferencial.

Massa mediastinal; Biópsia por agulha; Tomografia computadorizada


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