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Indicadores bioquímicos e hematimétricos de inflamação e lesão celular em alcoolistas

Indicadores bioquímicos e hematimétricos de inflamação e lesão celular foram correlacionados com bilirrubina e enzimas hepáticas e pancreática em 30 alcoolistas crônicos do sexo masculino internados em hospital psiquiátrico para desintoxicação e tratamento do alcoolismo. A aspartato aminotransferase, alanino aminotransferase, gama-glutamiltransferase, fosfatase alcalina e bilirrubina total estavam alteradas em 90%, 63%, 87%, 23% e 23% dos casos, respectivamente. Entre os indicadores de inflamação (desidrogenase lática, alterada em 16% dos casos; alfa-1 globulina, 24%; alfa-2 globulina, 88% ; contagem de leucócitos, 28%) nenhum estava correlacionado com as alterações da bilirrubina e enzimas hepáticas. A desidrogenase lática revelou-se um teste pouco sensível para detectar lesão hepatocelular ou muscular e as alterações das alfa globulinas parecem dever-se mais ao aumento das lipoproteinas produzidas pelo metabolismo do álcool do que a alterações inflamatórias. Os indicadores de lesão celular (ferro sérico e creatinofosfoquinase) estavam aumentados em 40% e 84% dos casos, respectivamente. O primeiro parece estar cionado a lesão hepática e o último a lesão muscular. Hiperamilasemia foi detectada em 20% dos casos e foi significantemente correlacionada com os níveis da bilirrubina, fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase. Indica-se que lesão de fígado, pâncreas ou glândulas salivares e músculos estriados ocorre em alcoolistas assintomáticos ou oligossintomáticos.

Alcoolismo; Fígado; Inflamação; Lesão celular; Enzimas


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