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Novas opções para o tratamento preventivo da migrânea: revisão com considerações fisiopatológicas

INTRODUÇÃO: O tratamento farmacológico da migrânea pode ser dividido em agudo e preventivo. Crises de migrânea severas, de longa duração e incapacitante requerem profilaxia. Múltiplas linhas de pesquisa ao longo dos últimos 15 anos sedimentaram o conceito de que a migrânea é gerada a partir de um cérebro hiperexcitável. Variadas causas para essa hiperexcitabilidade têm sido sugeridas e incluem baixo nível de magnésio cerebral, anormalidades mitocondriais, disfunções relacionadas ao óxido nítrico e a existência de distúrbios nos canais de cálcio do tipo P/Q. O melhor conhecimento sobre a fisiopatologia da migrânea nos permite discutir novas opções terapêuticas. OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo é apresentar revisão baseada em evidências de novos agentes e outros que, embora disponíveis há mais tempo, não são freqüentemente utilizados, com considerações fisiopatológicas. MÉTODOS/RESULTADOS: Serão revistos anticonvulsivantes com vários mecanismos de ação, como gabapentina, lamotrigina, topiramato, tiagabina, levetiracetam e zonisamida. Serão revistos também produtos naturais, como riboflavina e magnésio, toxina botulínica do tipo A, um antagonista CGRP específico e uma nova opção para o tratamento da asma, o montelukast. CONCLUSÕES: Objetivamos apresentar artigo de atualização em opções novas ou não freqüentemente utilizadas no tratamento preventivo da migrânea, drogas que podem reduzir o fardo e os custos de uma doença que deve ser considerada um problema de saúde pública em todo o mundo.

Migrânea; Tratamento preventivo; Tratamento profilático; Atualização


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