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Hipertensão arterial em funcionários de um Hospital Universitário

OBJETIVO: Conhecer a prevalência de hipertensão arterial em funcionários de um complexo hospitalar e relacionar com variáveis sócio demográficas. MÉTODOS: Foi medida a pressão arterial com aparelho de coluna de mercúrio e manguito adequado à circunferência do braço, o peso e a altura em amostra de 864 dos 9.905 funcionários do Hospital Universitário estratificada de acordo com sexo, idade e ocupação. RESULTADOS: A prevalência de hipertensão foi de 26% (hipertensão referida = 62% ou pressão sistólica > 140 e/ou > 90 mm Hg no momento da medida = 38%). Dos que referiram 51% estavam hipertensos no momento da medida. A prevalência foi 17, 23 e 29% (p < 0,05) nos médicos, enfermagem e "outros". Análise univariada mostrou "odds ratio" significante para o sexo masculino, idade > 50 anos, unidade de trabalho para o Instituto de Radiologia e Prédio da Administração, escolaridade <primeiro grau, tempo de trabalho > 10 anos e índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30 kg/m². O modelo de regressão logística com procedimento "stepwise" mostrou associação estatisticamente significante com hipertensão arterial para as variáveis: sexo, idade, cor da pele, renda familiar e IMC. CONCLUSÃO: A prevalência de hipertensão foi alta em funcionários do Complexo Hospital das Clínicas, principalmente nos de ocupação diferente de médico e enfermagem. Os grupos de maior risco (homens, cor preta, baixa renda familiar, obesos) precisam ser orientados quanto a prevenção e diagnóstico precoce da doença através de programas especiais.

Hipertensão arterial; Medida da pressão arterial; Funcionários; Hospital


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