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Rastreamento do câncer colorretal

O câncer colorretal (CCR) é a terceira neoplasia mais freqüente no mundo. A mortalidade persiste inalterada nos últimos 50 anos a despeito dos avanços obtidos em diagnóstico e tratamento. Significativa parcela dos doentes se apresenta com tumores em estágio avançado ou incuráveis de onde se depreende a necessidade de rastreamento dos pacientes com lesões pré-malignas (pólipos adenomatosos) como resultado de herança genética ou idade, e de vigilância dos portadores de doença inflamatória intestinal de longa evolução. Na medida em que existem diferentes grupos de risco identificáveis para CCR e diferentes estratégias para o rastreamento, há que se determinar o protocolo de triagem capaz de oferecer maior relação custo-benefício. Uma vez que o objetivo das técnicas de rastreamento é diminuir a morbi-mortalidade da população analisada, o presente trabalho objetiva conhecer, sob essa perspectiva, os resultados dos estudos disponíveis até o momento para o rastreamento do CCR. Os principais métodos de rastreamento incluem, isoladamente ou em associação, o emprego da pesquisa de sangue oculto nas fezes, a sigmoidoscopia e o exame colonoscópico. As evidências de literatura a respeito dos métodos de rastreamento para os diversos grupos de risco específicos são insuficientes e, freqüentemente, não envolvem estudos controlados. A necessidade de realização desses estudos associada ao progresso nos estudos de genética molecular resultará em maior eficácia e menor custo associados ao rastreamento do CCR.

Câncer colorretal; Rastreamento; Sigmoidoscopia; Colonoscopia; Pesquisa de sangue oculto nas fezes


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