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Angiomiolipomas renais gigantes bilateralmente associados a lipoma hepático em pacientes com esclerose tuberosa

OBJETIVO: Relatar um caso de angiomiolipoma gigante, bilateral, associado a esclerose tuberosa, tratado com sucesso e revisar a literatura concernente ao tratamento do angiomiolipoma. RELATO DO CASO: Paciente portadora de esclerose tuberosa, com diagnóstico de angiomiolipoma realizado por ultra-sonografia durante gestação. O tumor apresentava 9cm de diâmetro, à direita. Optou-se por conduta conservadora durante a gestação, e a paciente retornou somente 7 anos após, com tumor de 24,7 x 19,2 x 10,7 cm à direita e outro à esquerda de 13 x 11,5 x 6,5 cm, além de múltiplos angiomiolipomas pequenos. Realizada inicialmente ressecção tumoral à direita, por enucleação, com preservação do parênquima renal, e 3 meses após à esquerda. A função renal pós-operatória se manteve inalterada, e ambos os rins apresentaram uniformidade e progressão do contraste adequados. CONCLUSÃO: Concluímos que os angiomiolipomas maiores que 4cm devem ser tratados cirurgicamente porque têm maior risco de crescimento e hemorragias. As ressecções de tumores menores são mais seguras e têm menor morbidade. A enucleação dos tumores é forma eficaz de ressecção dos mesmos, com preservação de parênquima renal.

Angiomiolipoma; Esclerose tuberosa; Lipoma hepático; Enucleação tumoral; Terapêutica


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