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Schistosoma mansoni: o efeito da dexametasona na transformação da cercaria em esquistossômulo, in vivo

O tratamento com dexametasona (DMS) nas fases iniciais da infecção experimental com S. mansoni leva a um efeito indireto sobre o processo de transformação da cercária em esquistossômulo, quando camundongos isentos de infecção são tratados com esta droga (50 mg/ kg, subcutâneamente) e, 01 hora depois, são infectados intraperitonealmente com cerca de 500 cercárias de S. mansoni (cepa LE). Foi observada uma significativa redução na adesão de células do hospedeiro às larvas, com um atraso simultâneo no processo de transformação das cercárias em esquistossômulos. Este efeito é, provavelmente, devido a um bloqueio inespecifícico da migração neutrofilica para a cavidade peritoneal, através de um bloqueio da liberação de substâncias quimio-táticas. Tal atraso pode permitir a morte das larvas de S. mansoni (ainda em processo de transformação) pelas defesas do hospedeiro vertebrado, como o sistema do complemento.


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