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Imunoglobulinas e C3 no granuloma paracoccidióidico

Utilizou-se o modelo experimental de paracoccidioidomicose, em camundongos, induzida pela inoculação endovenosa de suspensão de formas cerebriformes do P. brasiliensis (cepa Bt2; 1x10(6) formas viáveis/animal), para avaliar, após 2, 4, 8, 16 e 20 semanas: 1. A presença de imunoglobulinas e C3 nos granulomas pulmonares, por imunofluorescência direta; 2. A resposta imune humoral (imunodifusão) e celular (teste do coxim plantar), e 3. A histopatologia das lesões. Os camundongos apresentaram resposta imunocelular positiva desde a 2a. semana, com depressão transitória na 16a. semana, e anticorpos desde a 4a. semana, com pico na 16a. semana. Os granulomas pulmonares foram epitelióides, com numerosos fungos e microabscesses; a extensão das lesões foi progressiva até a 16a. semana, com regressão discreta na 20a. semana. Desde a 2a. semana, houve deposição de IgG e C3 na parede dos fungos no interior dos granulomas e a presença de células IgG positivas no halo linfomononuclear periférico; estes achados foram máximos entre a 4a. e 16a. semanas. Não se detectou depósito de IgG e C3 no interstício dos granulomas. IgG e C3 parecem exercer papel precoce e importante na defesa do hospedeiro contra o P. brasiliensis, contribuindo possivelmente para a destruição dos fungos e bloqueando a difusão de antígenos para fora dos granulomas.

Paracoccidioidomicose; Granuloma; Imunoglobulinas; Complemento


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