Flebotomíneos transmitem os patógenos das leishmanioses. Foi avaliada a infecção natural de flebotomíneos por Leishmania (Viannia) em municípios do Estado do Paraná, sul do Brasil. Os flebotomíneos foram coletados com armadilhas de Falcão e Shannon. Após dissecação para pesquisa de flagelados no tubo digestório e identificação das espécies, as fêmeas de flebotomíneos foram submetidas a Multiplex Reação em Cadeia da Polimerase (multiplex PCR) para a detecção do fragmento do kDNA de Leishmania (Viannia) e do fragmento do gene IVS6 da cacofonia de flebotomíneos. A análise foi realizada em pools contendo sete a 12 tubos digestórios de fêmeas da mesma espécie. Um total de 510 fêmeas foram analisadas, incluindo nove Migonemyia migonei, 17 Pintomyia fischeri, 216 Nyssomyia neivai e 268 Nyssomyia whitmani. Embora nenhuma fêmea tenha sido encontrada naturalmente infectada com flagelados pela dissecação, o fragmento de DNA de Leishmania (Viannia) foi mostrado por multiplex PCR em uma amostra de Ny. neivai (0,46%) e três amostras de Ny. whitmani (1,12%). Conclui-se que Ny. neivai e Ny. whitmani são suscetíveis à infecção por Leishmania, e que multiplex PCR, devido à sua sensibilidade, especificidade e viabilidade, pode ser utilizada em estudos epidemiológicos para a detecção da infecção natural do inseto vetor.
