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Comparação entre o sistema automatizado e PCR na identificação e susceptibilidade de isolados clínicos de Enterococcus spp

Os enterococos são cada vez mais responsáveis por infecções hospitalares em todo o mundo. Este estudo foi realizado para comparar a identificação e perfil de suscetibilidade entre o sistema automatizado MicrosScan e a técnica molecular de PCR em espécies de Enterococcus spp. Foram avaliados 30 isolados clínicos de Enterococcus spp. Os isolados foram identificados pelo sistema MicrosScan® e pela técnica de PCR. A detecção de genes de resistência a antibióticos (vancomicina, gentamicina, tetraciclina e eritromicina) foi determinada por PCR. Suscetibilidades antimicrobianas à vancomicina (30 µg), gentamicina (120 µg), tetraciclina (30 µg) e eritromicina (15 µg), foram testados pelos métodos automatizados e pelo disco difusão, de acordo com as orientações do CLSI. No que diz respeito à identificação de Enterococcus em geral entre os dados obtidos pelo método de PCR e pelo sistema automático foi de 90,0% (27/30). Para todos os isolados de E. faecium e E. faecalis observamos concordância de 100%. Freqüências de resistência foi maior em E. faecium do que em E. faecalis. As taxas de resistência obtidas foi maior para eritromicina (86,7%), vancomicina (80,0%), tetraciclina (43,35%) e gentamicina (33,3%). A correlação entre a técnica de disco difusão e automação revelou-se de acordo para maioria dos antibióticos com taxas > 80%. O gene van(A) foi detectado em 100% dos Enterococcus resistentes á vancomicina. O ensaio baseado em PCR é de simples realização e de confiança para identificação de enterococos clinicamente relevantes. Os dados obtidos reforçam a necessidade de melhoria no sistema automatizado para identificar alguns enterococos.


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