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Tétano acidental: avaliação do prognóstico em uma série histórica de hospital de Salvador, Bahia, Brasil

Foram estudados 868 (84,8%) pacientes com diagnóstico de tétano acidental, entre aqueles 1.024 com diagnóstico de tétano internados no Hospital Couto Maia (Salvador, Bahia, Brasil), do período de 1986 a 1997. Neste grupo, saíram de alta 63,5% (n = 551) pessoas, outras 35,4% (n = 307) foram a óbito e 1,1% (n = 10) transferidas. A média da idade dos casos de óbito (38,73 ± 23,31 anos) foi maior (p < 0,0001), quando comparada a dos saídos-vivos (29,21 ± 20,05 anos). Analisadas as variáveis no modelo de regressão logística, entre aquelas com significado estatístico na análise univariada (p <FONT FACE=Symbol>£</FONT> 0,25), foi observado maior risco de pior prognóstico (óbito) com: idade <FONT FACE=Symbol>³</FONT> 51 anos; tempo de doença < 48 horas; período de incubação < 168 horas; rigidez de nuca; espasmos; opistótono; temperatura corporal <FONT FACE=Symbol>³</FONT> 37,7 ºC; freqüência cardíaca <FONT FACE=Symbol>³</FONT> 111 bat./minuto; hiperatividade simpática e a associação com pneumonia. No grupo de saídos-vivos, foram mais freqüentes os pacientes com até 5 daquelas variáveis (398/518; 76,8%), enquanto os pacientes do grupo óbito, 70,3% (n = 206) tiveram a presença de 6 a 10 daquelas variáveis, sendo a diferença estatisticamente significante (p < 10-8). Em conclusão, os indicadores descritos oferecem, mais precocemente, informações que podem orientar o prognóstico e os cuidados médicos e de enfermagem.


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